O CEO do Grupo Boticário Artur Grynbaum publicou nesta terça-feira (29/09) em seu perfil na rede LinkedIn que o grupo comandado por ele está extinguindo o termo "Black Friday", em uma ação contra o racismo.
De acordo com o texto de Grynbaum, o Grupo está vivendo a jornada da busca da equidade racial, após trabalhos com foco em equidade de gênero.
Além disso, a empresa amplia suas ações a outros grupos minoritários, como pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência e pessoas de diferentes gerações.
O CEO do Grupo Boticário, Artur Grynbaum (Divulgação)
A dois meses de um dos principais períodos para o varejo, principalmente o e-commerce, Grynbaum diz que o termo Black Friday era um "incômodo recorrente".
"Há anos conversamos sobre a possível origem do termo 'Black Friday', sobre a ausência de dados científicos que comprovem que ele realmente não se relaciona à questão da escravatura.
Então, respeitando os movimentos que sentem desconforto com o termo, decidimos parar de refletir e começar a agir - não teremos mais o termo Black Friday no Grupo Boticário", explica o CEO.
Black Friday agora é Beauty Week (Foto: Divulgação/Grupo Boticário)
A semana passa a se chamar Beauty Week (semana da beleza) dentro do Grupo que reúne as marcas O Boticário, Eudora, quem disse, berenice?, BeautyBox, Vult, MultiB e Beleza na Web.
Grynbaum avalia que há riscos de perdas para o negócio e pouco tempo para adaptar a estratégia, mas que ainda assim foi decidido internamente que a empresa bancaria a mudança.
Segundo ele, para o Grupo, "não faz mais sentido usar o termo Black para definir este movimento do varejo".
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O anúncio do Grupo vem na esteira de iniciativas de outras empresas em busca da equidade racial que levantaram debate, principalmente nas redes.
O Magazine Luiza e a Bayer anunciaram programas de trainees apenas candidatos negros.
Com informações de Época Negócios