Economia & Negócios

Edição: Hugo Julião
04:32
18/12/2021

ITA, companhia aérea da Itapemirim, suspende as operações ‘temporariamente’

Às vésperas da temporada de fim de ano, a ITA Transportes Aéreos, do Grupo Itapemirim, anunciou a suspensão temporária das operações para uma “reestruturação interna”.

Segundo a empresa, a decisão foi tomada por necessidade de ajustes operacionais, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já foi informada.

A suspensão começou na noite de ontem, sexta-feira (17) .

Em nota, a companhia informou que os passageiros com viagens programadas para os próximos dias devem entrar em contato pelo e-mail falecomaita@voeita.com.br.

Aos funcionários, a empresa afirmou que eles devem procurar o departamento de recursos humanos, a partir de segunda-feira, para terem mais informações.

Divulgação

Na análise do advogado Felipe Bonsenso, especializado em direito aeronáutico, não será fácil para a ITA voltar a operar.

Ele afirmou ao jornal O Estado de São Paulo que a situação é muito difícil e que, provavelmente, será um caminho sem volta.

Cessando as operações, o caixa da empresa logo se esvazia, e a tendência é que arrendadores peçam aviões de volta.

As ações trabalhistas e de passageiros contra a empresa aumentam, sem que ela tenha como continuar a gerar receitas para custos básicos essenciais”.


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Desde que começou a operar, em julho deste ano, a ITA é alvo de denúncias de trabalhadores por atrasos em pagamentos.

Em novembro, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa pilotos e tripulantes, entrou com uma ação coletiva na Justiça pedindo a regularização do pagamento de salários, diárias, vale-alimentação e o recolhimento do FGTS.


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Apesar de fazer parte do grupo Itapemirim, que está em recuperação judicial, a companhia aérea não se encontra na mesma situação.

Ainda assim, a administradora judicial do grupo, a EXM Partners, destacou, em relatório referente a setembro, que a ITA já consumiu R$ 39,9 milhões do grupo.

A EXM afirmou também já ter pedido esclarecimentos da empresa, mas que o grupo alegou sigilo de mercado para não apresentá-los.


Com informações do Estadão Conteúdo

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