Economia & Negócios

Da redação
08:39
25/05/2023

Nova gasolina já está em produção e não depende do petróleo

Entre as vantagens, a nova gasolina diminui a dependência do petróleo, é mais sustentável e dá uma sobrevida aos veículos a combustão

Marcello Casa/Agência Brasil

Se você abastecer em um posto esta semana, poderá ver que o preço dos combustíveis já estão mais baratos.

Isso acontece por causa da nova política de preços da Petrobras em relação à gasolina, anunciada recentemente.

O produto, porém, segue dependendo da cotação internacional do petróleo.

O e-fuel ou gasolina sintética, um novo combustível sem petróleo, pode resolver isso.


Nova gasolina

Quando se pensa em substituir os motores movidos a gasolina, naturalmente se pensa em carros elétricos. Porém, outras alternativas já estão disponíveis e sendo fabricadas.

A Porsche, por exemplo, é uma das empresas que está investindo em uma gasolina sustentável, o e-fuel ou gasolina sintética, que não depende do petróleo.


Vantagens

Entre as vantagens, essa opção dá uma sobrevida aos veículos de combustão.

Eles poderão continuar circulando normalmente, mas sem depender das variações internacionais do petróleo, já que a produção da nova gasolina tem como matéria-prima o hidrogênio e o dióxido de carbono disponível na atmosfera.

Isso também diminui a dependência no petróleo, que é um recurso natural finito e que ficará cada vez mais caro.

Outro ponto alto é que a nova gasolina pode ser usada nos motores atuais, sem necessidade de alterações nos veículos.


Dificuldades da produção

  • Apesar das vantagens, que vão de benefícios econômicos até ambientais, o custo da produção da nova gasolina ainda é muito alto, como afirmou o engenheiro Everton Lopes, em entrevista ao Uol.
     
  • A dificuldade está no hidrogênio: a extração do componente da atmosfera ainda é muito cara e a esperança é reduzir custos com o processo de eletrólise. O processo consiste em obter o hidrogênio usando grandes quantidades de eletricidade para separá-lo da água, ao invés do ar. De acordo com o engenheiro, isso deve ser feito com formas de energia limpas, para manter a sustentabilidade da nova gasolina.
     
  • Outro ponto levantado por ele é que, apesar do e-fuel ter vantagens claras, o petróleo ainda é muito fácil e barato de ser obtido e refinado, o que dificulta a adesão.


Adesão à nova gasolina

Modelos como o Toyota Mirai já aderiram ao abastecimento com o hidrogênio.

Quanto à nova gasolina, a Fórmula 1 deve ser uma das próximas a adotar o e-fuel. Isso deve acontecer a partir de 2025, quando o novo regulamento de motores deve entrar, e dá uma alternativa a eletrificação total dos carros de corrida.


Com informações do UOL

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