O Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) é um indicador elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon.
Ele considera dimensões como cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e cultura, além de indicadores gerais de desemprego, expectativa de vida e violência.
A pesquisa selecionou as mil cidades mais populosas do Brasil e as separou em dois grupos: as 300 maiores e as 700 menores.
Devido a falta de dados disponíveis para as análises comparativas, o número de cidades avaliadas caiu de mil para 876, sendo 280 cidades maiores e 596 menores.
Para cada grupo, então, foi elaborado um ranking, e o resultado mostra que, em ambos os casos, as dez primeiras posições são ocupadas majoritariamente por cidades paulistas.
SP concentra melhores cidades para envelhecer no país, indica estudo (Foto: Marcelo Casal Jr./Ag.Brasil)
Entre as maiores cidades, São Caetano do Sul e Santos lideram a lista, que tem ainda São Paulo na quarta posição, Atibaia, na oitava, Catanduva, na nona, e Americana, na décima.
Fora essas, Porto Alegre (RS) aparece na terceira posição, Florianópolis (SC), na quinta, Niterói (RJ), na sexta, e Rio de Janeiro (RJ), na sétima.
Já entre os municípios menores, os nove primeiros são cidades paulistas: Adamantina, Vinhedo, Lins, São João da Boa Vista, Itapira, Tupã, Fernandópolis, Votuporanga e Dracena.
Esteio, no Rio Grande do Sul, completa o top 10.
Aracaju ocupa a 193ª posição no Ranking Agregado Cidades Grandes, 192ª para a idade 60-75 anos e 216ª para idade 75+ (Foto: Marcelo Batanga/Wikipédia)
Um exemplo de que não existe uma cidade perfeita em tudo é São Caetano do Sul, que ocupa a primeira posição no IDL entre as cidades grandes, mas fica na 50ª quando é considerada apenas a dimensão Cuidados de Saúde.
Já Campo Largo, no Paraná, que lidera essa dimensão, foi classificada na 113ª posição do ranking geral.
Henrique Noya, diretor executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, lembra que o envelhecimento populacional é uma realidade no país e defende que o tema esteja presente nas eleições municipais deste ano.
"É muito importante levar essa questão da mudança demográfica para todos os palanques. Na verdade, a gente vive em cidades e não no país. O núcleo principal da nossa vida é a cidade em que a gente vive", afirma ele.
"Uma cidade que está preparada para oferecer qualidade vida a uma população com mais idade, está muito preparada para oferecer isso a qualquer idade".
Com informações da Ag.Brasil/ IDL