O médico João Pedro Feitosa, de 28 anos, voluntário que participava dos testes da vacina de Oxford em parceria com a AstraZeneca e morreu por complicações da covid-19, não recebeu doses da vacina, mas sim placebo.
As reportagens citam uma fonte que pediu para não ser identificada porque as informações sobre o estudo não são públicas.
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que foi notificada da morte do voluntário, em 19 de outubro, e que foi informada que o comitê independente que acompanha o caso sugeriu o prosseguimento do estudo.
“Em relação ao falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford, a Anvisa foi formalmente informada desse fato em 19 de outubro de 2020.
Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança”, diz a Anvisa.
A AstraZeneca afirmou que não pode comentar casos individuais devido à confidencialidade e às regras do estudo.
“Obedecemos estritamente à confidencialidade médica e às regulamentações relativas a estudo clínicos e, em linha com esses princípios, podemos confirmar que todos os processos de revisão exigidos foram seguidos”, diz a nota.
A vacina desenvolvida de Oxford é a principal aposta do governo Jair Bolsonaro contra à covid-19.
Os testes no Brasil estão na fase 3, que é quando a eficácia da vacina é verificada a partir do monitoramento de milhares de voluntários.
No Brasil, a vacina está sendo aplicada em cinco mil voluntários.
O governo brasileiro prevê desembolsar R$ 1,9 bilhão nesta vacina, sendo R$ 1,3 bilhão para pagamentos à AstraZeneca, R$ 522,1 milhões para produção da vacina na Fiocruz/Bio-Manguinhos e R$ 95,6 milhões para absorção da tecnologia pela Fiocruz.
Fonte: TV Globo/Bloomberg/Reuters