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Edição: Hugo Julião
17:43
11/10/2020

Com alta rejeição, prefeitos de capitais se distanciam de reeleição

Para os prefeitos de três grandes capitais do país, a tentativa de reeleição virou reflexo do fracasso diante da opinião pública.

Bruno Covas (PSDB-SP), Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS) amargam mais de 30% de rejeição de voto, segundo as mais recentes pesquisas feitas pelo Ibope.

Contratadas pelas Rede Globo e afiliadas locais, as pesquisas mostram ainda que Alexandre Kalil (PSD-MG), Cinthia Ribeiro (PSDB-TO) e Rafael Greca (DEM-PR) também estão no topo do ranking de rejeição, mas não passam dos 20%.

Por outro lado, os três lideram em intenção de voto.

São 13 os prefeitos de capitais que tentam estender o mandato por mais quatro anos. Alvaro Dias (PSDB-RN), Gean Loureiro (DEM-SC) e Edvaldo Nogueira (PDT-SE) lideram em intenções de voto.

As pesquisas relativas a Campo Grande, Cuiabá, Porto Velho e Rio Branco não foram finalizadas até a publicação deste texto.

No Rio de Janeiro, o Ibope registra 57% de rejeição a Crivella, o dobro do segundo candidato com pior avaliação por essa métrica: Clarissa Garotinho (PROS), com 38%.

O atual prefeito é o segundo colocado em intenção de voto, com 12%, atrás de Eduardo Paes (MDB), com 27%.

A partir da esq., os prefeitos Bruno Covas (PSDB-SP), Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) e Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS)

Marchezan, além de ser preterido por 37% do eleitorado de Porto Alegre, carrega apenas 9% das intenções de voto e está tecnicamente empatado em segundo lugar com Fortunati (PTB), 14%, e Sebastião Melo (MDB), 11%.

"O Marchezan radicalizou, brigou com todo mundo, não tem apoio. E o Crivella não mostrou trabalho", diz Alberto Carlos Almeida, cientista político e consultor.

"Eu apostaria com segurança que nenhum dos dois será reeleito", completa.

Almeida avalia as chances de Covas de forma parecida, porém com ressalvas, porque o atual prefeito de São Paulo não foi eleito como cabeça de chapa, mas como vice de João Doria (PSDB).

Ele tem 21% das intenções de voto e está tecnicamente empatado com Celso Russomanno (Republicanos), com 26%, dentro da margem de erro da pesquisa em São Paulo (três pontos percentuais para mais ou para menos).

Dos três com mais alta rejeição, Covas tem a menor (31%).

A pandemia foi uma vitrine para os prefeitos, segundo o cientista político.

A rejeição acima de 30% nessas três grandes capitais sugere que eles não aproveitaram a oportunidade para reverter esse quadro, que já era anterior à chegada do coronavírus.

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, tem 32% da intenções de votos. Em segundo lugar vem a Delegada Danielle com 21%

No Nordeste foram realizadas pesquisas em duas capitais:

Em Natal, a dianteira de Alvaro Dias em intenções de voto, com 33%, aumenta quando se olha para os índices de rejeição.

Segundo o Ibope, ele tem apenas a terceira maior rejeição, 18%, e seu principal adversário, Kemps Lima (Solidariedade), é preterido por 24% dos potiguares e escolhido por apenas 12%.

Já em Aracaju, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) lidera as intenções de voto, com 32%, e a segunda colocada é a Delegada Danielle Garcia (Cidadania) com  21%.

Seu índice de rejeição, no entanto, é o segundo maior da disputa, 26%, atrás apenas de Almeida Lima (PRTB), com rejeição de 42%, e com o dobro da Delegada Danielle que tem apenas 13% de rejeição dos aracajuanos.

Com informações do UOL

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