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Da redação
10:18
19/08/2021

Governo cubano assina decreto que impõe rígido controle sobre redes sociais

A partir de agora, são vetadas publicações que possam prejudicar, entre outras coisas, o “prestígio do país”.

O decreto 35 foi publicado no Diário Oficial de Cuba, na edição de terça-feira (17).

A nova lei proíbe a divulgação de notícias e mensagens falsas, além da publicação de conteúdos considerados ofensivos ou que “incitem mobilizações ou outros atos que perturbem a ordem pública”

Também fornece um canal para os cubanos denunciarem possíveis contravenções.

O líder cubano, Miguel Díaz-Canel, afirma que o novo decreto é "contra desinformação e cibermentiras"

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De acordo com o documento assinado pela ministra das Comunicações, Mayra Marín, quem desrespeitar as regras será considerado ciberterrorista e terá o acesso às plataformas suspenso. 

Demais punições para quem violar as regras não foram detalhadas. 

Pelo Twitter, a ministra explicou que o novo decreto “condena o uso do ciberespaço para fins subversivos e desestabilizadores”, contribuindo, segundo ela, “para o desenvolvimento político, econômico e social do país; bem como a segurança de suas redes e serviços”.

O presidente Miguel Diaz-Cane defende, também pelo Twitter, que o “decreto 35 vai contra a desinformação e as cibermentiras”. 

De acordo com ele, os últimos protestos no país foram organizados em uma campanha on-line realizada por contrarrevolucionários apoiados pelos Estados Unidos. 

Cubanos protestam contra governo de Miguel Díaz-Canel

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A nova regulamentação chega depois das manifestações contra o governo tomarem as ruas do país. 

Os protestos de 11 de julho, que tiveram grande adesão da população, foram divulgados nas redes sociais. Em resposta, o país teve apagão e queda das redes. 

A internet móvel, junto com redes sociais e aplicativos de mensagens, foi disponibilizada no país há pouco mais de 2 anos. 

Desde então, os cubanos têm aproveitado o espaço para se manifestar contra o governo.

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