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Da redação
11:20
21/03/2022

Responsabilidade sobre Amazônia é global, diz banco da União Europeia

Para Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), a Amazônia é mais que um ativo brasileiro, é da humanidade.

Segundo ele, há uma responsabilidade global pela floresta.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada nesta segunda-feira (21), Félix também afirmou que o conflito entre Rússia e Ucrânia abre caminho para aumentar a participação brasileira no mercado energético mundial, em especial com o hidrogênio verde.

O português Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do Banco Europeu de Investimento // Foto: Reprodução/Lusa

Segundo ele, a única forma de preservar a Amazônia é trabalhar com governo e setor privado para financiar projetos que sejam sustentáveis.

Eles devem permitir "que os povos da Amazônia tenham condições de vida, de obtenção de rendimentos que não os obriguem a desmatar”.

O BEI olha para a Amazônia como algo que é, seguramente, um ativo ambiental brasileiro, mas também da humanidade”, declarou Félix.

“Como todos os ativos com essa dimensão – no sistema financeiro, chamaríamos de ativos sistêmicos, ou ‘too big to fail’  (‘muito grande para falhar’, em tradução livre) –, temos uma responsabilidade global.”

O BEI atua há 30 anos na América Latina.

Segundo o vice-presidente, em torno de R$ 4 bilhões são desembolsados por ano em financiamentos a projetos na região – grande parte destinada ao Brasil.

No entanto, ele informou, no momento,o não há nenhum projeto na região fananciado pelo BEI.



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Félix disse que, com a guerra na Ucrânia, os países estão buscando novas fontes de energia, o que pode ser benéfico para o Brasil.

No prazo mais curto, o Brasil e a América Latina são áreas econômicas para as quais a Europa tem olhado pouco”, declarou.

Eu acho que essa guerra, se há algo que ela nos mostra, é que temos que diversificar nossas fontes de abastecimento.”

Nesse contexto, ele disse que “existe uma oportunidade também para o Brasil se integrar mais nas cadeias de produção globais”.

O país “pode ser um ‘player’ importante no hidrogênio verde, pode exportar”.

O vice-presidente do BEI falou ainda da capacidade brasileira de extrair petróleo, que vai “continuar sendo utilizado ao longo dos próximos anos”.

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