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Fonte: Poder360
09:02
01/09/2021

Seguros de automóveis ganham novas regras e poderão ser personalizados

Os seguros de automóveis ganham novas regras a partir desta quarta-feira (1º).

A regulamentação é da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e busca simplificar o mercado para permitir a criação de seguros personalizados e a atração de mais consumidores para o setor.

Leia a íntegra da circular da Susep (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Os seguros de carros são vendidos em pacotes padronizados atualmente, mas poderão ser customizados à necessidade do consumidor a partir de agora.

Será possível, por exemplo, fazer seguro para acidente e não para roubo.

O cliente ainda poderá fazer uma cobertura parcial do veículo, optando por receber uma parcela e não 100% do valor do automóvel em caso de perda.

Também será possível vincular o seguro ao motorista e não ao veículo. Com isso, o motorista poderá dirigir vários carros e continuar segurado.

É uma tentativa de atrair condutores de aplicativos que usam veículos alugados.

A Susep diz que as seguradoras não devem demorar a lançar produtos com base nessas possibilidades e espera que os seguros de cobertura parcial sejam mais baratos.

Contudo, os já existentes no mercado têm até 180 dias para se adaptar às novas regras.

A coordenadora-geral de Regulação de Seguros Massificados, Pessoas e Previdência da Susep, Mariana Arozo, diz que a regulamentação também exige transparência nas regras da apólice.

A recomendação é que o cliente converse com a seguradora e leia o contrato, pois todos os detalhes da cobertura devem estar claros na apólice do seguro.

Hoje, apenas 16% da frota brasileira é segurada. Considerando somente os carros com até 10 anos de uso, a cobertura sobe para 33%.

Ainda é assim, o número é baixo se comparado ao de outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, 80% dos carros têm seguro.

Segundo a Fenseg, os prêmios pagos em seguros de automóveis somaram R$ 17,5 bilhões no 1º semestre de 2021.

O volume é 6,8% maior que o registrado no mesmo período de 2020, quando o setor arrecadou R$ 16,3 bilhões.

Em 2020, no entanto, o setor caiu 2,1% em meio à pandemia de covid-19.

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