Saúde

Edição: Hugo Julião
15:33
07/01/2022

Fiocruz: milhões de vacinas 100% nacionais contra covid-19 começam a ser entregues em fevereiro

A Anvisa autorizou, nesta sexta-feira (7), que a Fiocruz utilize o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) feito pela própria fundação na fabricação da vacina contra covid-19.

Com isso, as primeiras doses do imunizante 100% nacionais devem ser entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro.

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) dispõe, no momento, de insumo suficiente para a fabricação de 21 milhões de doses com o IFA naciona.

A previsão é que as primeiras doses do imunizante sejam envasadas ainda em janeiro e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro, assim que forem concluídos os testes de controle de qualidade que ocorrem após o processamento final da vacina”, informou a Fiocruz.

Myke Sena/MS

A presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, destacou que é uma grande conquista para a sociedade ter uma vacina 100% nacional, sendo essa a primeira do país.

“A pandemia de covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas.

Com a aprovação, hoje, pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde para a vacina".

LEIA TAMBÉM

Na Inglaterra, militares são mobilizados para ajudar hospitais contra surto de Covid

O Reino Unido vive um surto de covid-19 devido à variante Ômicron e relatou mais de 150 mil novos casos a cada dia, durante a última semana.

--------------------

A produção nacional do IFA começou em julho de 2021, após a assinatura do contrato de Transferência de Tecnologia com a parceira AstraZeneca.

A absorção da tecnologia ocorreu em tempo recorde, cerca de um ano, quando esses processos costumam levar cerca de 10 anos.

Segundo a Fiocruz, a Anvisa comprovou que as vacinas produzidas com o IFA de Bio-Manguinhos/Fiocruz “possuem a mesma eficácia, segurança e qualidade daquelas processadas com o ingrediente importado”.

No ano passado, a fundação chegou a ficar sem IFA para fabricar as vacinas, devido à dificuldade de importação do produto .

Com informações da Ag. Brasil

Compartilhe