Saúde

Da redação
10:35
24/04/2023

Novo escâner possibilita a detecção precoce de câncer na cabeça e pescoço

Pesquisadores da West Virginia University (WVU), nos Estados Unidos, trabalham em um equipamento para facilitar a descoberta precoce da doença

Crédito: WVU Photo/Davidson Chan

Apesar de não ser tão incidente, o câncer de cabeça e pescoço é difícil de tratar e tem alto nível de mortalidade principalmente em razão do diagnóstico tardio.

Pesquisadores da West Virginia University (WVU), nos Estados Unidos, trabalham em um equipamento para facilitar a descoberta precoce da doença.

A ideia é juntar duas tecnologias de imagem para fazer um exame que forneça maior resolução de tumores nessas áreas do corpo.

A nova tecnologia alcança um nível de resolução de 2mm, em comparação aos 8mm do exame de Pet-Scan.

Para isso, combina a tomografia por emissão de pósitrons de um Pet-Scan comum e a tomografia computadorizada por raios X.

Com a junção, segundo os criadores, chega-se a imagens em que se pode, por exemplo, estimar as bordas do tumor com maior precisão, o que ajudaria os médicos a avaliarem o tamanho, a forma e a disseminação da doença.

O protótipo do escâner também mapeia a distribuição de glicose radioativa administrada antes do exame, uma vez que células cancerígenas têm, em sua maioria, um metabolismo aumentado de glicose.

Isso permitiria identificar a extensão do tumor e seus locais de lesão.

Raymond Raylman, responsável por liderar a pesquisa, explica que a alta capacidade de resolução de imagem fornecida pelo aparelho possibilita a detecção precoce do câncer de cabeça e pescoço.

"A maior resolução do protótipo permite um delineamento mais preciso da extensão do tumor, portanto, um tratamento possivelmente mais eficaz, com menos efeitos colaterais adversos", detalha.

O também vice-presidente de pesquisa do Departamento de Radiologia da WVU conta que, agora, o grupo busca aprovação regulatória para testar o desempenho da nova tecnologia em 40 pacientes agendados para serem tratados com cirurgia ou radioterapia nos próximos dois anos.


Com informações do Correio Braziliense

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