A missão Parker Solar Probe da NASA tem como principal objetivo investigar o vento solar –um fluxo de partículas ionizadas provenientes do envoltório luminoso do Sol.
Porém, pesquisadores têm aproveitado a órbita seguida pela sonda para registrar algumas imagens extras.
Pela primeira vez, os cientistas puderam obter imagens a partir do espectro de luz visível de Vênus, ou seja, o tipo de luz que pode ser captada pelo olho humano.
Registrar a superfície do planeta é difícil pela barreira de nuvens criada por sua atmosfera densa.
O sobrevoo ocorreu em fevereiro de 2021.
Ele permitiu que o Wide-field Imager for Parker Solar Probe (WISPR) registrasse imagens do lado noturno de Vênus.
Apesar de não estar diretamente exposta ao Sol, a região não é nada escura.
De acordo com os cientistas, os 460ºC do planeta fazem com que sua superfície brilhe como “um pedaço de ferro retirado de uma forja”.
Confira o vídeo obtido:
Nas imagens do WISPR é possível ver a Aphrodite Terra, uma região de tamanho equivalente à América do Sul.
Além da área continental, também foram captados o planalto Tellus Regio, as planícies Aino Planitia e um halo luminoso de oxigênio na atmosfera.
As regiões de maior altitude de Vênus são mais frias, o que faz com que elas apareçam mais escuras nas imagens.
A partir dessas imagens, os cientistas pretendem entender melhor a geologia e a composição mineral de Vênus.
Quando aquecidos, cada material brilha em comprimentos de onda únicos, o que facilitará a identificação deles quando as fotos forem combinadas a dados já conhecidos.
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Vênus, assim como a Terra, é um planeta rochoso.
Apesar de um estar ao lado do outro, o primeiro se tornou um ambiente inóspito, enquanto o segundo guarda um verdadeiro oásis.
Com as novas informações, os cientistas poderão estudar a evolução deste tipo de planeta e entender o que levou às diferentes evoluções.
Uma análise completa das imagens foi publicada na revista científica Geophysical Research Letters.
Com informações do Gizmodo