O empresário Breno Oliveira, 28, já enfrentou discriminação em entrevistas de emprego por ser surdo.
Em 2016, resolveu abrir seu próprio negócio, uma gelateria artesanal em Aracaju (SE), que tem 80% dos seus funcionários surdos.
A sorveteria se chama Il Sordo (O Surdo, em italiano) e faturou R$ 900 mil em 2021.
"Sempre fui minimizado nas entrevistas, parecia que não era capaz, muitas pessoas não aceitavam minha surdez", relembra o empresário, que antes trabalhava como instrutor de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Breno Oliveira, 28, faz o sinal de sua marca, "Il Sordo" // Imagem: Roberto Oliveira/UOL
Com o apoio da família e orientado pelo Sebrae, Oliveira pesquisou iniciativas de empreendedorismo e se matriculou em um curso de produção de gelato italiano (sorvete cremoso típico) em uma escola em São Paulo.
Ele tomou gosto pela área e, após estudos de custo e investimento, abriu o negócio em Aracaju e apostou no diferencial de ser uma proposta voltada à acessibilidade e à inclusão.
"Muitas pessoas que vêm pela primeira vez sentem um impacto, um pouco de medo, de vergonha, mas procuramos acolher o cliente.
É o mesmo impacto que sentimos lá fora, mas aqui acolhemos essa diversidade.
Os clientes sentem o acolhimento e compram a ideia, perdendo o medo e aprendendo a se comunicar melhor com quem é surdo", afirma Oliveira.
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A Il Sordo já foi indicada para o Prêmio Veja-se, da revista Veja, na categoria Diversidade.A empresa também recebeu o certificado de excelência da TripAdvisor, onde está avaliada com nota máxima.
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