De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um declínio na proporção de brasileiros vivendo em domicílios próprios e pagos, caindo de quase 68% em 2016 para 64,6% em 2022.
Crescimento do mercado de aluguéis
- Em contraste, a pesquisa revelou um crescimento de quase 3% na parcela da população que reside em imóveis alugados nos últimos seis anos, chegando a 20,2% em 2022.
- Além disso, 8,8% da população morava em domicílios cedidos.
Perfil dos inquilinos: jovens e população de baixa renda
- A população mais pobre e os jovens entre 15 e 29 anos são os que mais recorrem ao aluguel de imóveis.
- O aluguel é mais comum entre os mais pobres (65,4%) e os jovens (25,6%), e a condição de cedido é mais prevalente entre a faixa etária mais jovem.
Mulheres sem cônjuge e com filhos
- Mulheres sem cônjuge e com filhos de até 14 anos apresentam a maior proporção de residência em moradias alugadas (33,0%) e cedidas (12,2%).
Problema da falta de documentação de moradia
- Em 2022, 13,6% dos moradores em domicílios próprios não possuíam documentação adequada, uma proporção que diminuiu em relação a 2019.
- Essa inadequação é mais pronunciada entre a população mais pobre.
Ônus excessivo com aluguel afeta população vulnerável
- O comprometimento excessivo de rendimentos com despesas de moradia afeta 23,3% dos moradores em domicílios alugados, destacando-se entre mulheres sem cônjuge com filhos, arranjos unipessoais e a população mais pobre.
Insegurança residencial e racial
- A insegurança em residências e bairros é maior entre a população de menor rendimento.
- Além disso, pessoas de cor ou raça preta ou parda têm quase o dobro da probabilidade de não possuir documentação de propriedade em comparação com pessoas brancas.
Com informações da CNN Brasil