22/01/2022 07:10

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A situação, que afeta diretamente as camadas mais pobres da população, confirma uma tendência de alta de preços vista em vários países, sejam eles potências econômicas ou não.

“Tudo aumentou. Eletricidade, gasolina, alimentação. Graças a Deus existem estruturas como essa. Senão seria muito difícil”, desabafa Amina.

Nessa afirmação, ela faz alusão ao serviço de distribuição gratuita de alimentos Dads House, no bairro londrino de Fulham, que ela frequenta todas as semanas.

Essa mãe de três filhos faz parte dos britânicos que passaram a depender das estruturas de caridade para comer no Reino Unido, 5ª potência mundial.

O número de pessoas que nos procura é cada vez maior”, relata Luke, que trabalha na Dads House e recebe até dez novos pedidos diários para entrar na lista de distribuição.

Muitos têm emprego. Mas atualmente para alguns os salários não são mais suficientes e eles têm que escolher entre comer e aquecer a casa”.

Ele explica que o aumento do preço da eletricidade tem colocado diversas famílias em situação difícil durante esse inverno no hemisfério norte.


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Inflação nos Estados Unidos é a maior em 40 anos

Os preços ao consumidor nos EUA subiram de forma sólida em dezembro, com o maior aumento anual da inflação em quase quatro décadas.

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O organismo nacional de estatísticas do Reino Unido (ONS na sigla em inglês) anunciou esta semana que os preços subiram 5,4% em média durante 2021 no país.

Em um comunicado oficial, o órgão explicou que praticamente todos os bens e serviços registraram uma alta e, em alguns casos, o aumento foi bem mais acentuado.

Os eletrodomésticos, por exemplo, estão 7% mais caros e as tarifas da hotelaria, 15%.

Além disso, o Banco Central do país já prevê uma nova alta da inflação nos próximos meses.

Reuters

A situação britânica confirma uma tendência vista em outros países.

Nos Estados Unidos os preços para o consumidor dispararam, em média, 7,0% em 2021, o maior aumento desde 1982. Os alimentos subiram 6,3% e a energia elétrica está 29,3%.

No Canadá, os preços atingiram em dezembro o nível mais alto dos últimos 30 anos. Os alimentos tiveram a maior alta de preços desde dezembro de 2011.

Alemanha registrou 5,3 de inflação em dezembro, algo que não acontecia desde 1992.

A França também sofre com a alta dos alimentos que aumentaram 9% entre setembro de 2019 e setembro de 2021.

Na América Latina, além do Brasil,  com 10,06% de aumento no IPCA, a Argentina sofre com uma inflação de 50%, uma das mais elevados do mundo.

Mas nada se compara à Venezuela,  que fechou 2021 com uma alta de 686,4% nos preços, segundo o Banco Central do país. A maior inflação do mundo.

Com informações da AFP/RFI

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