05/10/2021 08:53

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Ainda sem data para acabar, a crise dos combustíveis no Reino Unido assusta o cidadão comum, que tem recorrido às redes sociais atrás de postos de gasolina para encher o tanque.

O caos é mais uma confirmação de quanto os países ainda dependem de fontes de energia não renováveis.

Londres convocou 200 soldados do exército para reforçar o contingente de motoristas que precisam conduzir os caminhões-tanque necessários para repor os estoques pelo país.

Crise dos combustíveis e meta de energia limpa no Reino Unido (AP)

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Às vésperas da conferência do Clima, sediada em solo britânico, o governo do primeiro-ministro Boris Johnson garante que a partir de 2035 toda a eletricidade produzida no reino virá de matrizes limpas de energia.

A meta pode até ser factível. Mas é preciso uma nova agenda de medidas para torná-la viável, segundo especialistas.

A meta em si agrada. E Johnson tem razão quando afirma que vai proteger o consumidor das oscilações dos preços de importação de petróleo e gás no futuro próximo.

No entanto, o governo não diz com clareza como ela vai ser atingida e que novas medidas serão implementadas daqui para a frente.

Com as ações em curso, o que se diz é que a meta não poderá ser atingida.
 

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Recentemente, o governo já havia anunciado o objetivo de suspender as vendas de veículos novos a diesel e a gasolina a partir de 2030.

O Reino Unido está apostando pesadamente na eletrificação da sua frota de veículos. No entanto, os carros elétricos ainda são caros.

Há quem diga que não haverá geração de energia suficiente para carregar um país inteiro que circule em veículo elétricos.
 


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Foram quilômetros de filas nos postos de gasolina nos últimos dias.

Houve gente fazendo home-office enquanto esperava um bomba vaga para encher o tanque. Outros buscaram a disponibilidade de combustíveis a partir de grupos nas redes sociais.

Houve uma corrida aos postos quando se percebeu o risco de desabastecimento.


Desde o Brexit, que acabou com a livre circulação de trabalhadores entre o Reino Unido e o continente europeu, não há caminhoneiros em quantidades suficientes para transportar combustíveis e muitos alimentos.

Embora a situação comece a se normalizar em várias partes do país, o problema continua grave especialmente em Londres e no sudeste da Inglaterra, áreas mais densamente povoadas.

Até domingo, cerca de 20% dos postos nessas regiões estavam secos.

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O problema não será resolvido no curto prazo. O próprio Johnson admitiu que problemas nas cadeias de suprimento podem continuar até o Natal.

Há quem diga que faltará presunto e embutidos para os festejos de fim de ano, as datas preferidas do calendário britânico.

Com informações da EFE

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