07/10/2023 18:10

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Um recente estudo realizado pela pesquisadora Janaína Feijó, vinculada ao Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), evidencia uma crescente disparidade salarial entre profissionais da tecnologia e do setor educacional.

Salários em TI veem aumento expressivo


Os dados apontam que desenvolvedores especializados em páginas de internet e multimídia tiveram seus salários inflados em impressionantes 91% ao longo de 11 anos.

  • Atualmente, esses profissionais têm uma remuneração média de R$ 6.075, já considerando os ajustes inflacionários.

 

Educação com rendimentos em declínio

Por outro lado, o setor educacional tem experimentado uma tendência inversa.

Professores de disciplinas como artes e música, juntamente com outros educadores, enfrentaram reduções salariais de 23% a 45% no mesmo período.

 

Impacto da pandemia e tendências futuras


De acordo com Feijó, a pandemia do COVID-19 acelerou mudanças tecnológicas, intensificando a demanda por profissionais das áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemáticas.

  • Esta transformação alinha o Brasil com outras nações, tanto desenvolvidas quanto em desenvolvimento.

Feijó analisa: "O cenário aponta que carreiras em TI continuarão entre as mais lucrativas. Isso ocorre devido à escassez de profissionais capacitados e à rápida incorporação de novas tecnologias pela sociedade. Funções operacionais e repetitivas provavelmente serão assumidas por máquinas e sistemas inteligentes, necessitando assim de profissionais especializados para desenvolver e gerenciar essas inovações".


Profissões mais bem pagas
 

  1. Médicos especialistas: R$ 18.475 (-13%)
  2. Matemáticos, atuários e estatísticos: R$ 16.568 (50%)
  3. Médicos gerais: R$ 11.022 (-37%)
  4. Geólogos e geofísicos: R$ 10.011 (-20%)
  5. Engenheiros mecânicos: R$ 9.881 (-7%)
  6. Engenheiros não classificados anteriormente: R$ 9.451 (-11%)
  7. Desenvolvedores de programas e aplicativos: R$ 9.210 (39%)
  8. Engenheiros industriais e de produção: R$ 8.849 (-22%)
  9. Economistas: R$ 8.645(-39%)
  10. Engenheiros eletricistas: R$ 8.433 (-22%)
  11. Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins: R$ 7.887 (-14%)
  12. Engenheiros civis: R$ 7.538 (-41%)
  13. Desenhistas e administradores de bases de dados: R$ 7.301 (30%)
  14. Advogados e juristas: R$ 7.237 (0%)
  15. Engenheiros químicos: R$ 7.161(-52%)
  16. Analistas de sistemas: R$ 7.005 (-19%)
  17. Desenvolvedores de páginas de internet e multimídia: R$ 6.075 (91%)


Profissões com pior remuneração
 

  1. Professores do ensino pré-escolar: R$ 2.285 (3%)
  2. Outros profissionais de ensino: R$ 2.554 (-23%)
  3. Outros professores de artes: R$ 2.629(-45%)
  4. Físicos e astrônomos: R$ 3.000 (-16%)
  5. Assistentes sociais: R$ 3.078 (-7%)
  6. Bibliotecários, documentaristas e afins: R$ 3.135 (-32%)
  7. Educadores para necessidades especiais: R$ 3.379 (14%)
  8. Profissionais de relações públicas: R$ 3.426 (-23%)
  9. Fonoaudiólogos e logopedistas: R$ 3.485 (-28%)
  10. Professores do ensino fundamental: R$ 3.554 (7%)
  11. Outros professores de música: R$ 3.578 (-35%)


Com informações do O Globo

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