Se há uma empresa que ganhou escala este ano foi o Zoom. A plataforma de videochamadas deve encerrar 2020 com 3 trilhões de minutos de reuniões.
Com a pandemia se espalhando pelo mundo e parte da população trabalhando remotamente, a plataforma passou de uma média de 10 milhões de usuários diários até março para 300 milhões em abril.
"Tivemos que aprender rápido e agir. Foi empolgante e aterrorizante ao mesmo tempo", disse o CEO do Zoom, Eric Yuan, durante o Web Summit 2020, evento que está sendo realizado no formato virtual este ano.
Eric Yuan, CEO da Zoom (Foto: Reuters)
Para atender a nova demanda, o Zoom contratou mil funcionários, saindo de 2.400 para 3.400 pessoas.
Eric conta que ele mesmo chegou a ter 19 reuniões via Zoom em um mesmo dia, mas que não achou mais cansativo do que qualquer outro longo dia de trabalho.
Eric também fez todo o roadshow pré-abertura de capital via Zoom, direto de uma quadra de basquete para onde ele levou apenas um terno para aparecer bem no vídeo.
O CEO diz que no futuro, as reuniões à distância deverão ser priorizadas pensando na questão climática.
Por isso ele acredita que o Zoom continuará bastante ativo após a pandemia, e vê usos diversos, incluindo na área de educação à distância ou encontros virtuais entre familiares.
Em sua conversa com a jornalista Alyson Shontell, do Business Insider, Eric contou sobre como foi 2020 para a plataforma criada por ele após deixar um emprego no Cisco Webex, quando tinha 40 anos e liderava uma equipe de 800 pessoas.
Ele afirma que achava que os clientes não estavam satisfeitos e decidiu criar uma solução melhor, só não contava que a sua solução ganharia tantos clientes tão rapidamente.
"Eu conhecia o mercado, sabia do pontencial desse tipo de solução, ninguém gostava dos produtos existentes, então o que eu fiz? Peguei uma pequena oportunidade para construir uma solução melhor", relatou.
Segundo ele, a prioridade do Zoom agora é pensar o que pode ser diferente — pensando sempre pela perspectiva do consumidor.
O CEO acredita também que em 10 a 15 anos, as videochamadas terão realidade aumentada (ou realidade virtual), em que será possível sentir o cheiro do café ou dar apertos de mãos.
E finalizou dizendo que "construir um negócio sustentável é uma longa jornada".
Com informações da Época Negócios/Business Insider