01/02/2022 09:29

Compartilhe:

A Better Drinks, grupo brasileiro de marcas de bebidas, inicia hoje as operações em todo o país.

A companhia nasceu da união das marcas Bear-MateF!VE, Mamba, Praya e Vivant.

Juntas elas faturaram mais de R$ 50 milhões em 2021 e, agora, buscam a liderança em seus segmentos.

Better Drinks aposta em cinco marcas de bebidas independentes, com um modelo de negócio inspirado em companhias líderes do mercado premium nos EUA

Criada por Felipe Szpigel (ex-Ambev) e Felipe Della Negra (ex-AmbevRedbull Kraft Heinz), a Better Drinks quer transformar o atual e tradicional setor de bebidas com soluções criativas e inovadoras que, além de atender ao consumidor também impulsionem umas as outras para ganhar escala.

Com mais de 20 anos no setor, os sócios apoiarão as empresas a potencializar as operações com a otimização de processos, logística e conhecimento estratégico de mercado.

Para lançar a empresa, os sócios levantaram R$ 25 milhões de investidores-anjos, entre eles Thadeu, Felipe Diz e Rodrigo Monteiro, fundadores da Zee.Dog, e Fernando Gringberg, Mario Gorski, Ricardo Garrido e Sergio Camargo, do CiaTC.

A Better Drinks vai operar com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, e já nasce com um time de 100 colaboradores – basicamente a soma das 5 marcas do portfólio.

A expectativa é faturar R$ 1 bilhão em 5 anos.

Quando o assunto é canal de venda, as de bebidas ou são tradicionais, presentes em supermercados e loajs de conveniência, ou estão no online, com e-commerce próprios ou parceiros.

Nós estamos construindo a empresa para operar nos dois mercados com excelência”, afirma Szpigel.

Segundo Della Negra, a estratégia é expandir o portfólio onde o grupo já está presente.

“A Better Drinks está nas lojas mais relevantes do Brasil, online ou offline, mas com 1 ou 2 marcas em cada parceiro. O objetivo é colocar o portfólio inteiro”, afirma.

Outra estratégia é crescer geograficamente, já que 70% das vendas do grupo estão concentradas na região sudeste, onde as marcas foram fundadas.

Inspirada em companhias como Boston Beer Company e Mark Anthony Group, que lideram o mercado premium de bebidas nos Estados Unidos, a Better Drinks é dona de 100% das marcas do grupo.

Com a aquisição, de valor não revelado, os fundadores e investidores das empresas incorporadas tornam-se sócios do grupo.

Foram eles que criaram a visão das marcas, então era muito importante que continuassem presentes nos negócios”, explica Szpigel.

Criada em Miami pelo próprio Felipe Szpigel, a F!VE oferece drinks artesanais em lata para quem quer aproveitar a coquetelaria além dos bares e restaurantes.

Suas latinhas de 200 mL fazem releituras de coquetéis clássicos com toques tropicais, como o Mojito com maracujá, a gin tônica com sucos de limão e cranberry, e o Moscow Mule com tamarindo.

O negócio surgiu em 2019 e desembarcou no Brasil no final de 2020.

 

LEIA TAMBÉM

Brasil gerou 2,7 milhões de empregos formais em 2021, segundo o Caged

O Brasil terminou o ano de 2021 com saldo positivo de 2.730.597 vagas de emprego com carteira de trabalho assinada.

--------------------

Com 2 anos de operação, a Vivant, de vinhos em lata, já era avaliada em R$ 55 milhões. A companhia encerrou 2020 com um faturamento de R$ 6 milhões, 500% maior que no ano anterior.

A carioca Praya cresceu 40% em 2020 com cervejas 100% naturais, veganas e sem aditivos químicos.

Fecham o portfólio a Mamba, de águas, e a Bear-Mate, que criou uma alternativa saudável aos refrigerantes, oferecendo bebidas com mate, gás e cafeína natural.

A escolha das marcas começa com o produto de altíssima qualidade. Olhamos para as categorias que estão em crescimento e as empreas que lideram esse movimento em cada setor”, diz Szpigel.

Ter uma comunidade de consumidores engajados e sócios que queiram fazer parte da nova empreitada também é um forte diferencial para a Better Drinks.

Della Negra acrescenta que os sócios buscam marcas alinhadas aos valores do grupo, como o respeito pela diversidade, cuidado nas relações pessoais e adoção de práticas ESG.

Ele cita a Praya, que em março do ano passado tinha 40% das mulheres em cargos de gerência e 21% dos funcionários autodeclarados negros.

A marca é a primeira cerveja brasileira certificada com o Selo B, que reconhece empresas focadas em sustentabilidade, transparência e diminuição da desigualdade. 

“O consumidor quer marcas de verdade, com ingredientes de verdade e feitas por gente de verdade. Estamos olhando para marcas que além de bons no negócio, nos ajudem a trabalhar essas questões no grupo como um todo”, diz Della Negra. 

Segundo dos empreendedores, o foco agora é trabalhar com as marcas que já fazem parte do portfólio.

“Nossa tese é diferente da Merama, que é uma máquina de M&As. Estamos focados em contar histórias, expandir o produto e atrair novos clientes”, afirma Szpigel.

Isso não exclui, porém, a possibilidade de integrar 1 ou 2 novos nomes ao grupo no próximo ano, de um segmento diferente do que a companhia já tem até o momento.

Nos acompanhe por e-mail!