As 47 empresas controladas diretamente pela União faturaram juntas quase R$ 1 trilhão em 2021 – mais precisamente, R$ 999,8 bilhões, com alta de 35,6% em relação ao ano anterior, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (1.º) pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério da Economia.
O lucro líquido dessas companhias somou R$ 187,7 bilhões, pouco mais que o triplo do apurado no exercício anterior (R$ 60,6 bilhões) e o maior resultado desde 2008, segundo a pasta.
O número foi fortemente impulsionado pelo balanço da Petrobras, que, sozinha, respondeu por 57% da cifra, com lucro de R$ 107,3 bilhões no ano – crescimento de 1.617% em relação a 2020.
Sergio Moraes/Reuters
Ainda de acordo com o documento, 98% do resultado agregado provém das cinco maiores companhias estatais:
além da Petrobras, BNDES (R$ 34,1 bilhões),
Banco do Brasil (R$ 19,7 bilhões),
Caixa (R$ 17,3 bilhões)
e Eletrobras (R$ 5,7 bilhões), que teve o controle acionário vendido pela União em junho.
Ao todo, 22 das 28 empresas ditas não dependentes – que não recebem recursos da União para despesas com pessoal e custeio – tiveram lucro em 2021.
Com isso, o total de dividendos e de juros sobre capital próprio (JCP) pagos a acionistas chegou a R$ 101 bilhões – alta de 535,2% em relação a 2020. Como sócia majoritária, a União recebeu, desse montante, R$ 43 bilhões, 696,3% a mais que no ano anterior.
“Além dos dividendos a serem pagos pelo governo federal aos demais acionistas dessas empresas, o sucesso da gestão econômica traz outros benefícios, como o aumento da arrecadação em todas as esferas de governo, a redução de riscos fiscais e a valorização do patrimônio estatal”, diz o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Ricardo Faria, no documento.
Modalmais/Futura divulga pesquisa para presidente; confira os números
Nova pesquisa Modalmais/Futura Inteligência para a corrida presidencial mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) empatados tecnicamente.
-----------------
Entre as estatais não dependentes que tiveram prejuízo estão:
Infraero (perdas de R$ 216,2 milhões),
Companhias Docas do Rio (CDRJ) (-R$ 165,7 milhões),
Companhia Docas do Ceará (CDC) (-R$ 4,7 milhões)
e Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) (-R$ 6,5 milhões).
Até a publicação do material, não haviam sido aprovadas em assembleia geral as demonstrações contábeis de três empresas:
Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A. (CeasaMinas),
Companhia Docas do Estado do Rio Grande do Norte (Codern)
e Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb).