O movimento de consolidação de empresas em 2021 totalizou, até anteontem, US$ 52,6 bilhões, encostando no recorde de 2017, quando o valor das transações no ano todo foi de US$ 52,7 bilhões.
A cifra também representa um salto em relação aos US$ 6,6 bilhões movimentados até 7 de julho do ano passado, segundo a consultoria Dealogic.
Em 2020, as operações de fusões e aquisições somaram US$ 45,8 bilhões.
Para executivos do mercado financeiro, as transações devem seguir aquecidas no Brasil, estimuladas por grandes negócios
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As dez maiores operações realizadas até agora somaram US$ 36,7 bilhões, quase 70% do valor total de transações efetuadas no ano.
Entre os principais negócios anunciados estão a cisão da fatia de 41,05% do Itaú na XP, as fusões de HapVida e Intermédica e Raízen com Biosev, além da venda da Refinaria Landulpho Alves para o fundo Mubadala, de Abu Dhabi.
De janeiro a 7 de julho, a Dealogic registrou 274 transações, ante 230 no mesmo período do ano passado.
Nesta semana, a Oi vendeu uma fatia de 57,9% em seus ativos de fibra óptica para BTG Pactual e Globenet por R$ 12,9 bilhões.
Para este ano são projetados mais grandes negócios. Devem entrar na lista ativos da Petrobras, como refinarias e Gaspetro.
O Ultra também está em negociações avançadas com a Indorama para vender a Oxiteno.
Espera-se ainda a venda de fatia da Odebrecht na Braskem, mas analistas veem a operação como complexa.
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Os setores de varejo, operações financeiras, tecnologia da informação e saúde estão entre os que devem continuar aquecidos nos próximos meses.
Para Pedro Quintão, do Bradesco BBI, há dois movimentos hoje: empresas capitalizadas buscando ativos para melhorar a eficiência por causa da pandemia e fusões de empresas com dificuldades financeiras.
Mas outros fatores podem acelerar o processo de consolidação.
Diogo Aragão, do Bank of America, diz que companhias podem antecipar transações por causa das eleições e da reforma tributária.
Com informações do Valor Econômico