O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Argentina subiu 3,2% em junho, na comparação com o mês anterior, informou nessa quinta-feira (15) o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).
Em 12 meses, a inflação no país chegou a 50,2%.
A última vez que a inflação anual na Argentina superou os 50% foi em fevereiro de 2020.
Desde então, por causa da devastação econômica causada pela pandemia, os preços começaram a cair até chegarem ao mínimo de 35,8% em novembro.
Com a retomada da atividade econômica após a flexibilização das medidas para conter o vírus, o Indec registra sete meses consecutivos de alta do IPC.
Ainda assim, apesar dos avanços seguidos, o resultado para junho é o menor para o ano, indicando uma desaceleração da inflação, que em março chegou a 4,8%.
O orçamento para 2021, elaborado pelo governo da Argentina, prevê uma inflação anual de 29%.
Para cumprir a meta, o IPC deve cair para menos de um ponto percentual nos próximos meses, segundo cálculos feitos pelo jornal “La Nación”.
O ministro do Desenvolvimento Produtivo, Matías Kulfas, afirmou, na quarta (14) que o fator externo influenciou a inflação do país nos últimos meses.
No entanto, ele ressaltou que, desde março, o IPC já está em uma tendência de queda e que o governo trabalhará para mantê-lo nos próximos meses.
Segundo o relatório do Indec, os preços dos serviços de comunicação foram os que mais subiram no mês passado (7%), devido aos reajustes nas contas de telefonia móvel e de internet.
Os alimentos e bebidas não alcóolicas ficaram 3,2% mais caros, com destaque especial para aumentos nos preços das carnes e derivados, leites e produtos lácteos, entre outros.
Com informações do La Nación/Valor