Economia & Negócios

Editor: Hugo Julião
17:10
13/03/2022

Investimento estrangeiro na Bolsa de Valores bate recorde em 2022 e já é maior que todo o ano passado

O volume de investimento estrangeiro na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em 2022 já chega a R$ 71 bilhões, recorde da série histórica, de R$ 70,8 bilhões.

Para analistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, uma das principais causas do bom resultado é o fato de o mercado brasileiro estar fortemente ligado às commodities.

Esses ativos já vinham em trajetória de alta e ganharam ainda mais força com a invasão da Rússia à Ucrânia.

Divulgação

Em relatório, o banco norte-americano Goldman Sachs apontou que, diante do atual cenário, sua preferência para investimentos é no Oriente Médio, Norte da África e Brasi.

Essas escolhas são reflexos do perfil exportador de matérias-primas dessas regiões.

 

A intensa entrada de investimentos tem provocado a queda da cotação do dólar no Brasil, apesar de toda a turbulência econômica global.

A moeda americana fechou, na sexta-feira, cotada a R$ 5,05. No início do ano, estava na casa dos R$ 5,60.

Dólar mais barato ajuda a conter a inflação, embora, no cenário atual, isso venha tendo bem pouco efeito.

 

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A advertência, feita nessa sexta-feira (11), é do Programa Alimentar Mundial (PAM), braço de assistência alimentar da ONU.

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O risco, segundo os analistas, é de que esse capital que tem vindo para o Brasil tem perfil bastante especulativo.

Portanto, pode ir embora muito rapidamente, se as condições ficarem adversas.

O investidor estrangeiro que tem vindo para o Brasil mostra um interesse bem específico: commodities.

Reprodução

Dos 33 setores econômicos representados na B3, menos de um terço se valorizou neste ano, e apenas três apresentaram ganhos acima de 10%.

Mineração teve alta de 34,77%, o setor agropecuário de 17,72% e petróleo e gás registra 11,78% de crescimento.

No período, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 9%.


Na outra ponta, o setor de computadores e equipamentos, onde estão empresas como Positivo, Intelbras e Multilaser, já perdeu 34% no ano.

O setor de automóveis e motocicletas caiu 19,71% e o de transporte a queda chegou a 15,31%.

Os dados são do estudo preparado por Einar Rivero na plataforma de informações financeiras Economatica a pedido do Estadão.

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