Para 75% dos entregadores e motoristas, manter a autonomia para trabalhar está acima das garantias oferecidas pela legislação trabalhista
A liberdade está acima dos direitos trabalhistas para a maioria dos trabalhadores de aplicativo, indica pesquisa Datafolha encomendada por Uber e iFood.
A pesquisa Futuro do Trabalho por Aplicativo ouviu 1.000 entregadores e 1.800 motoristas entre janeiro e março de 2023.
Segundo o levantamento, 89% dos trabalhadores aprovariam a garantia de novos direitos, desde que isso não implicasse na perda da flexibilidade para atuar, como poder prestar serviço para mais de uma plataforma ao mesmo tempo ou escolher o horário de atuação. Entre os entregadores e motoristas, 75% dizem preferir o modelo atual à rigidez da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
No último dia 15, motoristas de Uber e 99 promoveram uma paralisação para cobrar melhores condições financeiras e de trabalho das empresas.
O governo Lula instituiu no início deste mês um grupo de trabalho para discutir a regulamentação, mas os petistas enfrentam dificuldades para se conectar com essa categoria de trabalhadores.
A composição do grupo, com sindicalistas em vez de representantes de entregadores ou motoristas, já causou desgaste.
Com informações do O Antagonista