Por meio do novo marco das ferrovias, o governo federal já assinou 21 contratos sem a necessidade de leilão.
As empresas se comprometeram a investir quase R$ 91 bilhões, além de construírem 6,5 mil quilômetros de trilhos.
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, visitam as obras de construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), em São Desidério (BA) / Foto: Alan Santos/PR
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A validade das negociações firmadas entre as companhias e o Poder Executivo é de 99 anos, renováveis por mais 99.
A maior parte dos aportes vindos da iniciativa privada será realizada nos cinco primeiros anos.
O agronegócio e a mineração serão os dois setores mais bem atendidos, com 32,8% de cargas sobre trilhos pelos próximos anos.
Celulose e carga geral vêm na sequência, com 10% e 6,2%, respectivamente.
Os contratos atuais somados aos do novo marco devem mudar o perfil da carga transportada.
A partir de 2035, o governo projeta que as ferrovias serão 40% a 45% da matriz de transportes.
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Além disso, alguns destinos se destacaram. Foi o caso de Recife (PE), com 95%, e dos atrativos de Santa Catarina que quase tiveram sua lotação máxima para a celebração.
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Baixa densidade ferroviária, se comparada à de outros países, vagões enferrujando, obras inacabadas e um setor carente de investimentos devido à burocracia estatal.
Esse é o quadro das ferrovias brasileiras.
Para ter ideia, não passa sequer um trem por dia em cerca de 30% da malha de 30 mil quilômetros, conforme estudo da Confederação Nacional da Indústria.
Já em outros países, a coisa é diferente.
Os Estados Unidos, por exemplo, têm a maior extensão de trilhos do mundo, com 295 mil quilômetros, e utiliza 45% de sua malha ferroviária.
A China ocupa o segundo lugar: 124 mil quilômetros e faz uso de 37%.
A Rússia possui 87,1 mil quilômetros de trilhos e opera em 81% deles.
O Canadá, com 77,9 mil quilômetros, usa 46%.
No Brasil, as rodovias são utilizadas para o escoamento de 65% da produção do país, enquanto os trilhos se ocupam de pouco mais de 20%. Trata-se de um mercado a ser explorado.
Com informações da Oeste