17/01/2021 10:42

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Em outubro do ano passado, o XC40 Recharge se apresentou ao mundo, o primeiro Volvo movido exclusivamente por energia elétrica.

O SUV compacto será fundamental para a marca sueca alcançar a ambiciosa meta de reduzir em 40% a emissão de carbono até 2025.



Será o ano em que a empresa deixará no passado os modelos equipados apenas com motor a combustão.

Já no lançamento, toda a produção de 2020 foi esgotada – o que deixa evidente o apetite do consumidor por essa tecnologia.

Nas contas da Volvo, um XC40 Recharge roda cerca de 400 km sem parar para recarregar (Fotos: Divulgação)

Por aqui, os planos são ainda mais radicais.

A partir do ano que vem, não dará mais para comprar um Volvo que não tenha motor elétrico”, antecipou em outubro, João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo Cars do Brasil.

Ou seja, o que a empresa planeja globalmente para 2025 a filial brasileira alcançará em 2021.

Isso demandou uma rede de eletropostos abrangente. Daí o investimento de R$ 12 milhões de recursos próprios em mil pontos de recarga.

700 deles já foram instalados e 300 serão concluídos no primeiro trimestre de 2021. “Mil pontos é o que a Tesla alcançou nos EUA em 2019”, compara Oliveira.

Tal estrutura não atenderá apenas ao futuro SUV elétrico, mas também aos demais modelos híbridos da marca, que já somam quase 4 mil unidades no Brasil.

Jaguar I-Pace SE

Para alívio dos entusiastas, a Audi nem pensa em abrir mão da linha de superesportivos RS, que fiu renovada e ampliada.

Só em 2020 foram dois lançamentos por aqui: e-tron e e-tron Sportback.


Embora ofereçam autonomia de 450 quilômetros, similar à de um tanque de gasolina, os SUVs não podem recorrer a um posto convencional a cada esquina.

Por isso, assim como a Volvo, a Audi investe alto em eletropostos para que seus clientes não sofram de “range anxiety”, que é a ansiedade de não chegar ao destino por falta de autonomia.

Com R$ 10 milhões de investimento, marca pretende instalar 200 pontos de recarga no país até 2022 – 130 deles prontos até o fim de 2021, quando a Audi terá quatro carros elétricos à venda.

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O montante se soma aos R$ 32,9 milhões oriundos de uma parceria com a Porsche, a Volkswagen (as três fazem parte do mesmo conglomerado automotivo) e a empresa de energia EDP.

O valor servirá para a implantação de 30 estações de recarga, sendo 29 de 150 kW e uma de 350 kW, todas operacionais em um prazo de três anos.

A ideia é incrementar o corredor que vai de Vitória (ES) a Florianópolis (SC), um dos trechos rodoviários mais importantes do país, elevando para 64 o total de postos espalhados por estradas como Tamoios, Imigrantes, Carvalho Pinto, Dom Pedro, Washington Luís, Regis Bittencourt e no Rodoanel Governador Mário Covas.

Outrora restritos ao uso urbano, agora os elétricos se aventuram por estradas, o que só deve aumentar a tendência de viagens terrestres não só pelo Brasil, mas também pela América do Sul, caso nossos vizinhos estejam preparados para isso.

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Aos poucos, os agentes envolvidos na mobilidade elétrica vão resolvendo um dos principais entraves, que é a possibilidade de se recarregar um carro a bateria em qualquer lugar do país.

Nisso a BMW foi pioneira. No final de 2017, a marca se associou à EDP para a instalação de seis aparelhos em postos da rede Ipiranga ao longo da Rodovia Presidente Dutra.

Quase três anos depois, a marca criou 250 postos novos (espalhados por shoppings, supermercados e postos de combustível).

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Jaguar Land Rover e Mercedes-Benz também prometem expandir as estações de recarga. A abordagem da marca alemã quanto à mobilidade elétrica ainda é incipiente no Brasil.

A alemã lançou o EQC 400, 100% elétrico, e, por isso, planeja se consolidar no segmento ao longo de 2021.

“Será um ano para ouvir e compreender quais são os desejos e necessidades dos clientes, porque entendemos que não existe um único caminho para a eletrificação”, avalia Holger Marquardt, CEO da companhia.

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Já o conglomerado inglês pretende contribuir para o mercado de carros elétricos com um programa de instalação de novos pontos de recarga espalhados pelo país.

O objetivo é atender às praças com maior presença de modelos elétricos e híbridos. 

O  consumidor não deve se preocupar com postos de recarga nascidos de marcas diferentes.

A velocidade de recarga pode variar, mas todos são do tipo 2, padrão europeu adotado por aqui.

Portanto, um Volvo pode ser reabastecido em uma estação com a marca da BMW, por exemplo.

Com informações da Forbes

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