18/02/2022 16:48

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Quatro dias de trabalho, três dias de descanso, mais tempo com a família e, de preferência, com o mesmo salário.

Parece uma jornada semanal ideal para muitos trabalhadores e trabalhadoras.

Segundo os defensores do esquema, ele promete não só mais satisfação, como também produtividade mais alta.

Desde terça-feira (15), a Bélgica entrou para o grupo de países que dão ao trabalhador a opção de distribuir sua jornada semanal por quatro ou cinco dias.

Sempre mantendo-se a mesma carga horária total.

De acordo com o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, a intenção do projeto é tornar a economia mais dinâmica e melhorar a compatibilidade entre família e trabalho.

O chefe de governo frisa que a flexibilidade vai mais longe: a jornada semanal clássica belga é de 38 horas, mas o empregado term a opção de  trabalhar 45 horas numa semana e deduzir as sete horas adicionais na seguinte.

O regime de quatro ou cinco dias é uma decisão do próprio trabalhador, que poderá renovar ou alterar o pedido a cada seis meses.

 

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Veja a seguir outros países que já adotaram ou pensam em adotar a semana de trabalho de quatro dias.

 

Na Islândia, jornada abreviada

Entre 2015 e 2019, a Islândia testou, com 2.500 trabalhadores e trabalhadoras, um projeto semelhante ao que a Bélgica vai implantar.

As jornadas semanais, no entanto, foram reduzidas de 40 horas para 35 ou 36, mantendo-se a mesma remuneração.

O estudo foi promovido e avaliado pela Associação de Sustentabilidade e Democracia (Alda) e pelo think tank britânico Autonomy.

A conclusão foi que o bem-estar dos funcionários melhorou significativamente, os processos de trabalho foram otimizados e estabeleceu-se uma cooperação mais estreita entre os colegas.

Em grande parte, a produtividade permaneceu idêntica ou até aumentou.


Concluída essa fase de testes, sindicatos e associações começaram a negociar a diminuição permanente da jornada de trabalho.

Atualmente, cerca de 86% dos trabalhadores islandeses têm direito a uma semana de quatro dias.


Escócia e País de Gales: experiência custosa

A Escócia está atualmente em fase de testes com a semana de quatro dias.

Como apoio, empresas que participam do projeto recebem do governo um aporte em torno de 10 milhões de libras esterlinas.

No País de Gales, a pauta está em discussão.

A Comissária das Gerações do Futuro, Sophie Howe, fez reivindicações nesse sentido, pelo menos para o setor público.


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Após testes, Suécia se divide

Testes com uma semana laboral de quatro dias e pagamento integral se realizaram na Suécia já em 2015.

As conclusões, neste caso, foram bastante ambivalentes.

Políticos suecos de esquerda acharam a implementação um tanto cara.

Já as microempresas gostaram da ideia e adotaram até mesmo a redução da carga horária.

A companhia automobilística Toyota, por exemplo, já abreviou os turnos dos mecânicos cerca de dez anos anos atrás, e mantém essa política desde então.



Na Finlândia, alarme falso

Também a Finlândia ocupou por um breve tempo as manchetes internacionais com uma redução dramática das jornadas de trabalho.

Consta que a intenção era introduzir tanto a semana de quatro dias quanto o jornada diária de seis horas.

Entretanto, segundo o noticiário alemão Tagesschau, tratava-se de uma notícia equivocada, que o governo finlandês rapidamente retificou.

 

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Espanha a caminho dos testes

Na Espanha, a semana de quatro dias foi proposta a pedido do partido de esquerda Mais País.

Cerca de 6 mil funcionários de 200 pequenas e médias empresas poderão prolongar o fim de semana em um dia, com pagamento integral.

O experimento está programado para durar pelo menos um ano, mas ainda não tem data para começar.



Alemanha, Nova Zelândia e Japão

Na Alemanha, são principalmente as pequenas start-ups que têm experimentado com a semana mais curta.
 

No Japão, grandes companhias, como a Microsoft, estão dando aos funcionários um fim de semana longo por mês.
 

Na Nova Zelândia, a multinacional de alimentos e produtos farmacêuticos Unilever está testando a semana de quatro dias com a mesma remuneração por cerca de um ano.

Se o modelo tiver sucesso, a empresa planeja expandi-lo para outros países.

Com informações da Deutsche Welle

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