Cerca de 12 mil bares, restaurantes e lanchonetes fecharam suas portas de vez desde março de 2020 na cidade de São Paulo.
A principal causa apontada são as restrições de funcionamento impostas pela pandemia de coronavírus.
Os dados são da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP).
O salão vazio do bar Ó do Borogodó, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo (Arquivo pessoal/Divulgação)
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O delivery, por outro lado, se consolidou na capital e manteve boa parte dos estabelecimentos funcionando mesmo que de portas fechadas.
Entre março e dezembro de 2020, o número de novos restaurantes cadastrados no iFood, por exemplo, cresceu 78% no estado.
Neste sábado (24), a capital entra na segunda semana da fase transitória do Plano São Paulo e bares e restaurantes poderão reabrir.
Mas de acordo com a Abrasel-SP, 20% dos estabelecimentos da capital não devem retomar as atividades porque os custos de operação não compensam.
A associação calcula que o faturamento não deve chegar a 25% do que se arrecadava antes da pandemia.
A bartender Rosana Macedo, 30 anos, é uma das profissionais do setor que perdeu o emprego na pandemia. Ela trabalhava em um bar em Pinheiros, na Zona Oeste da capital, que fechou porque não resistiu à queda brusca de clientes (Karol Moya/Divulgação)
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Em todo o estado, das 250 mil empresas do setor, 50 mil deixaram de existir durante a pandemia.
Do 1,8 milhão de empregados do ramo no estado, 400 mil perderam seus postos de trabalho no mesmo período.
Entre os estabelecimentos que conseguiram reabrir depois de 104 dias fechados entre março e julho de 2020, estima-se que de 10% a 15% deles irão colapsar.
Cerca de 85% dos negócios correm risco de fechar se não houver auxílio para o pagamento de salários de funcionários e redução de jornada, de acordo com a Abrasel-SP.
Com informações do G1