É o que aponta levantamento do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) em comparação com o mesmo período de 2021, descontada a inflação.
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o índice apresentou alta de 33,4%.
O crescimento expressivo, segundo o levantamento, está fortemente relacionado com a base comparativa.
Em março do ano passado, o comércio foi afetado pela adoção de medidas de isolamento mais restritivas, decorrentes do recrudescimento da pandemia da Covid-19.
Efeitos de calendário, em contrapartida, prejudicaram o resultado do índice.
O principal fator foi o Carnaval, celebrado em marco enquanto em 2021 a data caiu no mês de fevereiro.
Nem o fato de ter havido uma quinta-feira a mais, dia tradicionalmente de vendas fortes no comércio, conseguiu compensar a queda provocada pelo Carnaval.
Desconsiderando os ajustes de calendário, o índice nominal apresentou crescimento de 34,9% e, descontando a inflação, 19,3%.
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Em nota, o Head de Inteligência da Cielo, Pedro Lippi, afirma que mesmo com o aumento expressivo das vendas registrado em marco, o varejo ainda não voltou ao patamar verificado antes da pandemia.
“Nosso índice, quando deflacionado, mostra que as vendas ainda estão 6,4% abaixo.
Os setores de serviço, como Turismo e Transporte e Bares e Restaurantes, apesar dos crescimentos observados nos últimos meses, ainda estão abaixo do período pré-pandemia, bem como o setor de Vestuário”, afirma.
Segundo o executivo, mesmo diante desse cenário, é possível dizer que o Varejo está em processo de retomada.
“Março foi o quinto mês seguido de alta”, destaca.