O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes disse que, se não houver uma mudança nas regras de prevenção à covid-19 ou no quadro epidemiológico atual, a realização dos desfiles está garantida.
Paes dedicou uma série de postagens ao assunto em sua conta no Twitter nessa quarta-feira (15).
Ele disse que a prefeitura está discutindo regras "muito restritas" com a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), que serão apresentadas ao comitê científico municipal.
"Essa informação é importante para diminuir as especulações acerca dessa festa. O carnaval na Marquês de Sapucaí exige uma preparação com muita antecedência, inclusive com repasse de recursos públicos as escolas de samba", afirmou
O prefeito argumentou que "a Marquês de Sapucaí nada mais é do que o estádio do samba" e comparou a realização da festa aos jogos de futebol com torcida, que já estão permitidos na cidade com 100% da capacidade dos estádios.
No último dia 9, o jogo do Fluminense com a Chapecoense recebeu mais de 48 mil pessoas no Maracanã.
Em 2020, último ano em que houve desfile das escolas de samba, foram vendidos 61 mil ingressos para cada dia de desfile do Grupo Especial.
Já para os desfiles da Série A, na sexta e no sábado, foram cerca de 75 mil pessoas por dia.
Público, Fluminense x Chapecoense, Maracanã (09/12) — Foto: Marina Garcia / Fluminense FC
Blocos
Sobre as outras festividades do carnaval, o prefeito ponderou que não haverá uma decisão uniforme para a autorização dos eventos.
Ele explicou que as festas em espaços fechados possibilitam a cobrança da vacinação ou da apresentação de testes negativos para a covid-19.
Já os blocos de carnaval, na visão do prefeito, requerem "uma análise mais detalhada", porque não é possível controlar o acesso dos participantes.
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O município do Rio de Janeiro já vacinou 79,1% da população com as duas doses ou dose única das vacinas contra covid-19, e 87,7% da população tomou ao menos uma dose.
Quando considerada apenas a população com 12 anos ou mais, o percentual de pessoas com esquema vacinal completo sobe para 92%.
Nos últimos dois dias, a média móvel de óbitos em sete dias foi de uma morte por dia na capital fluminens.
Com informações da Ag.Brasil