14/07/2021 08:07

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu prorrogar o funcionamento da CPI da Covid por 90 dias, impondo mais uma derrota ao presidente.

A estratégia traçada por adversários de Bolsonaro para aumentar ainda mais o seu desgaste não se resume, porém, apenas às investigações sobre ações e omissões no combate à pandemia.

Assim que os senadores encerrarem os trabalhos desta comissão, a CPMI das Fake News será retomada.

A ideia é deixar o presidente “sangrando” até a campanha eleitoral de 2022.

Ao mesmo tempo, a oposição também quer levar os militares para o centro das apurações de fraudes e cobrança de propina no Ministério da Saúde, que não se limitam à compra de vacinas contra o coronavírus.

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, pretende convocar o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, sob o argumento de que ele faz “ameaças diuturnas” de golpe no País.

 

Ministro da Defesa, Walter Braga Netto

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Na outra ponta, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara aprovou, nessa terça (13), convite para Braga Netto explicar a nota divulgada na semana passada com críticas ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

O documento foi interpretado como uma “tentativa de intimidação” por Aziz, que havia criticado o “lado podre” das Forças, nas suas palavras envolvido em “falcatruas do governo” para a aquisição de vacinas.

A nota assinada por Braga Netto e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica incomodou os parlamentares especialmente no trecho em que sugere atuação leviana da CPI.

“As Forças Armadas não aceitarão ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”, dizia o comunicado.

O Parlamento não pode aceitar que meia dúzia de milicos tomem como refém uma CPI porque tem militar envolvido. Tem militar corrupto, sim. E militar corrupto precisa ir para a cadeia”, disse o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).

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Senadores querem coletar informações do período em que Braga Netto chefiou a Casa Civil.

A CPI descobriu que, pouco antes de ser demitido, o então diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, fez um dossiê que citava a Casa Civil nas irregularidades para a compra de vacinas. 

Com informações do Estadão
 

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