30/10/2023 10:05

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O Estado de São Paulo registrou um crescimento alarmante nas apreensões das chamadas drogas K.

Em comparação com o ano anterior, houve um aumento de quase dez vezes nas apreensões em 2023.

Conforme dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, enquanto em 2022 foram registrados 11,6 quilos de K2, K4 e K9, este ano, o departamento especializado da Polícia Civil já contabilizou 113,5 quilos.

Drogas apreendidas pela Polícia Civil, inclusive K9 / Foto: Divulgação

Dados da Unicamp indicam alta no consumo

 

  • O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que, só neste ano, atendeu 12 casos relacionados às drogas K em seu laboratório.
  • Nos cinco anos anteriores, o centro tinha registrado apenas dois casos.

"A quantidade pode parecer pequena, mas 12 casos representam um aumento significativo", enfatizou o coordenador executivo do CIATox-Campinas, José Luiz Da Costa.

 

Riscos dos canabinoides sintéticos

 

  • O crescimento no consumo dessas drogas é motivo de grande preocupação, pois os canabinoides sintéticos, como K2, K4 e K9, podem acarretar graves danos psicomotores e até mesmo serem letais.
  • Apelidada de "maconha sintética", a droga K não deriva da planta cannabis sativa, e seu efeito pode ser até 100 vezes mais potente que a maconha natural
  • Embora tenha sido inicialmente introduzida nos presídios, rapidamente se proliferou pelas ruas do Estado.

 

Expansão no uso preocupa autoridades


Para o delegado divisionário do Denarc, Carlos Castiglioni, o aumento nas apreensões é um indicativo claro da crescente popularidade da droga K.

"A procura está crescendo, tanto pela novidade quanto pela potência da droga. Uma pequena dose já é suficiente para o consumo", afirmou.

A droga, que se popularizou na Cracolândia, centro da capital paulista, agora também se faz presente nas regiões periféricas.

 

Distribuição da droga se diversifica


Segundo o delegado Castiglioni, a droga K, antes concentrada em locais específicos, está expandindo seu alcance.

"Embora o perfil do traficante seja semelhante ao de outras drogas, a distribuição era mais limitada. Atualmente, vemos a droga chegando até as 'biqueiras', sendo vendida ao lado de maconha, cocaína e crack. A curiosidade dos usuários leva a uma maior demanda junto aos fornecedores", conclui.

 

Com informações do Estadão

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