O Facebook (Meta) vai permitir que usuários defendam atos de violência contra russos no contexto da guerra na Ucrânia.
Inclusive mensagens que clamam pela morte do presidente Vladimir Putin, segundo e-mails internos vistos pela agência de notícias Reuters, nessa quinta-feira, 10.
A medida seria válida temporariamente em alguns países do leste europeu e permitiria que as publicações fossem feitas no Facebook ou Instagram.
O Facebook também incluiu nas permissões ataques de ódio ao presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, em países que incluem Rússia, Ucrânia e Polônia.
As informações foram obtidas por meio de uma série de emails internos enviados aos moderadores de conteúdo da empresa.
As defesas de atos que levem à morte dos líderes serão permitidas desde que não contenham outros alvos.
A postura reflete uma mudança da companhia em relação às suas próprias regras contra incitação de violência.
Procurado pela Reuters, o Facebook não comentou o assunto de imediato.
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Na primeira resposta à fuga de multinacionais, como Coca-Cola, McDonald’s e Starbucks, o Ministério da Economia delineou novas políticas para assumir o controle temporário de companhias que tenham mais de 25% de participação estrangeira.
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As mudanças temporárias na política de apelos à violência contra soldados russos se aplicam aos seguintes países:
Armênia, Azerbaijão, Estônia, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia, Rússia, Eslováquia e Ucrânia.
Na semana passada, a Rússia disse que estava banindo o Facebook no país em resposta ao que disse serem restrições de acesso à mídia russa na plataforma.
Os e-mails também mostraram que o Facebook permitiria elogios ao batalhão de direita Azov, grupo ucraniano de ideologia neonazista.
Isso normalmente é proibido por violar regras de uso da plataforma.
O porta-voz do Facebook, Joe Osborne, disse anteriormente que a empresa estava "por enquanto, fazendo uma pequena exceção para elogios ao Regimento Azov estritamente no contexto de defender a Ucrânia, ou em seu papel como parte da Guarda Nacional da Ucrânia".
Com informações da Reuters