Foi a primeira missão da União Europeia (UE), em 15 anos, a acompanhar as eleições regionais na Venezuela.
Ela vai deixar o país neste domingo, após sete semanas de trabalho em que identificou várias irregularidades no processo.
"A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) para as eleições regionais e locais de 21 de novembro de 2021 conclui sua permanência na Venezuela amanhã, 5 de dezembro", declarou a entidade em um texto divulgado ontem (4).
A saída "ocorre após mais de sete semanas de permanência em campo, incluindo as duas semanas após o dia da eleição".
A chefe da Missão de observação da União Europeia, Isabel Santos, que apresentou um relatório preliminar em 23 de novembro, em Caracas, Venezuela (Foto: Yuri Cortez/AFP)
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Dois dias depois das eleições, em que o chavismo garantiu a maior parte dos assentos em disputa, a chefe da missão, Isabel Santos, apresentou conclusões preliminares nas quais encontrou "melhores condições" do que nas votações anteriores.
No entanto, foram detectadas irregularidades como o uso de recursos públicos na campanha, a desqualificação "arbitrária" de candidatos e a instalação de postos de controle partidário em centros de votação.
Rejeitando as irregularidades relatadas pela missão, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamou os observadores europeus de "inimigos" e "espiões".
O Carter Center, organização sem fins lucrativos fundada em 1982 pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, divulgou um relatório preliminar na sexta-feira (3).
Segundo o documento, o processo refletiu "padrões de repressão política, severas restrições aos direitos de participação política e liberdade de expressão, vantagem evidente do governo e condições desiguais".
Com informações da AFP