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Edição: Hugo Julião
01:11
30/11/2020

Partidos de centro-direita conquistam maioria das capitais e das grandes cidades

Cinco partidos de centro-direita conquistaram o maior número das grandes prefeituras do país, no computo geral da campanha municipal encerrada ontem com o segundo turno.

Apesar de ter perdido cerca de 40% das cidades governadas em comparação com as eleições de 2016, o que equivale a uma redução de 32% da população governada, o PSDB manteve São Paulo, a maior cidade do país.

Com a reeleição de Bruno Covas, o partido continua com o maior número de prefeituras nos 94 municípios com mais de 200 mil eleitores.

Mas agora governará uma população de 20 milhões de pessoas, 10 milhões a menos do que quatro anos atrás.


O governador João Doria, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo, comemoram a vitória do PSDB (Foto: Divulgação)

O MDB foi o partido com mais eleitos nas grandes cidades do país no segundo turno, dez, e teve um leve crescimento no conjunto dessas cidades, em comparação com quatro anos atrás.

O DEM conquistou dez grandes cidades ao todo, entre elas o Rio de Janeiro, com Eduardo Paes, um crescimento de 100% em relação a 2016.

O PSD (10) e o Podemos (7) também tiveram um fortalecimento relevante em relação a quatro anos atrás.

Em 2016, o primerio havia eleito quatro prefeitos nos grandes centro e segundo só um, em Belo Horizonte.

Já a esquerda teve vitórias e derrotas e deve assistir a um rearranjo no grupo, com perda de prevalência do PT.

Partido que esteve no topo do ranking de prefeitos eleitos nas grandes cidades de 2000 a 2012, o partido não elegeu ninguém nas grandes cidades.

A disputadíssima eleição na capital Pernambucana, com troca de ofensas de lado a lado, deve contribuir ainda para o afastamento de PSB e PT.

Apesar de não ter vencido em nenhuma capital, o PT terá um acréscimo de cerca de 400% na população governada com a eleição nas quatro grandes cidades do interior de Minas e São Paulo.


O PSB também perdeu peso, apesar da vitória de João Campos no Recife.

O partido tinha saído como um dos grandes vitoriosos das eleições municipais de 2016, com a conquista de sete grandes cidades. Agora, venceu em 4.

O PC do B do governador Flavio Dino (Maranhão) sofreu uma derrota ao perder em São Luís e ao não conseguir eleger Manuela D'Ávila em Porto Alegre.

O vitorioso na esquerda é o PSOL, que não havia eleito nenhum prefeito em uma grande cidade, em 2016, e agora conseguiu emplacar Edmílson Rodrigues em Belém, além da ida de Guilherme Boulos para o segundo turno em São Paulo.

Os partidos do "centrão" tiveram desempenho díspares.

O PP de Arthur Lira (AL), pré-candidato ao comando da Câmara dos Deputados, deu um salto em relação a 2016, conquistando sete grandes prefeituras, entre eles João Pessoa e Rio Branco, e aumentando em cerca de 200% a população governada.​

Já o PL caiu de 4 para 2 grandes prefeituras e o PTB de 2 para zero.

O Republicanos de Celso Russomanno, subiu de duas grandes cidades comandadas em 2016 para três agora, mas perdeu o Rio de Janeiro, com Marcelo Crivella.

Os partidos e políticos ressaltam que não há relação direta entre as eleições municipais e a disputa presidencial de 2022.

Mas é certo que vitoriosos e derrotados desse domingo irão levar em conta os resultados para a disputa daqui a dois anos.

Com informaçoes do jornal Folha de S.Paulo

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