A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou hoje (21) por unanimidade a venda do medicamento Paxlovid, produzido pela Pfizer para tratar a covid-19.
Agora, farmácias e hospitais particulares poderão vender o remédio, desde que com prescrição médica.
A prioridade, no entanto, deve ser o abastecimento do SUS (Sistema Único de Saúde).
Caixa de Paxlovid, da Pfizer. Foto: Jennifer Lorenzini/Reuters
Ele é indicado para o tratamento da covid-19 em adultos que não precisam de suplementação de oxigênio e que tenham risco de progressão para quadro clínico grave.
O medicamento deve ser administrado cinco dias após o início dos sintomas.
O Paxlovid já teve o uso emergencial aprovado no Brasil em março deste ano e se trata de um medicamento que junta comprimidos de dois outros remédios: o nirmatrelvir e o ritonavir, que devem ser embalados e tomados juntos.
A aprovação se embasou na de outros países que decidiram apostar na venda ao mercado privado do medicamento, bem como na argumentação de autoridades internacionais de referência dos Estados Unidos e Canadá.
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A decisão vai ao encontro de um cenário epidemiológico de aumento de casos de covid-19, sobretudo por conta da circulação de novas subvariantes da Ômicron.
Segundo Meiruze Freitas, uma das diretoras da Anvisa, a venda no mercado privado aumentaria a facilidade de acesso ao tratamento da covid-19 e que "o diagnóstico precoce e o tratamento ambulatorial, quando necessário, são importantes para evitar a progressão da doença para casos graves".
Em fevereiro, um levantamento divulgado pela agência de notícias Reuters calculou que o tratamento com Paxlovid custaria US$ 530, algo em torno de R$ 2.900 na cotação atual.
Ainda não foi revelado os valores que, de fato, será vendido o medicamento na farmácia e se haverá alguma regulação pública para controlar o preço do medicamento, mesmo nas farmácias.