Na sexta-feira, 1º de março, o presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou o encerramento da Telám, a agência pública de notícias do país.
Em seu discurso durante a abertura das sessões ordinárias do Congresso, ele afirmou que a estatal "tem sido utilizada como uma ferramenta de propaganda kirchnerista ao longo das últimas décadas".
Fundada em 1945, a agência conta com mais de 700 funcionários e é a única no país a ter correspondentes em todas as províncias argentinas.
O governo argentino já havia emitido um decreto em 5 de fevereiro, impondo a intervenção em empresas estatais de comunicação, incluindo a Telám. A intervenção tem validade de um ano, podendo ser renovada pelo mesmo período.
Ele afirmou que as empresas públicas estão "em situação de emergência pública em matéria econômica, financeira, fiscal, administrativa, previdenciária, tarifária, sanitária e social”.
A secretária-geral da Fatpren (Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa), Carla Gaudensi, manifestou-se contra a decisão de Milei.
“A Télam não fecha. Vamos defender não só os trabalhadores da agência, mas também todo o povo argentino, como todas as empresas estatais, os bens públicos e a soberania do nosso país”, disse.