O pedido aconteceu durante um debate do Parlamento Europeu, realizado em Estrasburgo nesta quarta-feira ('9).
O presidente da França, Emmanuel Macron, sugeriu que a incorporação do aborto fosse feita à Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.
A fala do centrista, que ainda não decidiu se tentará se reeleger, teve conotações pré-campanha para as eleições presidenciais francesas em abril.
O presidente da França, Emmanuel Macron / AFP
“Quero que consolidemos nossos valores como europeus, que são nossa unidade, nosso orgulho e nossa força.
Vinte anos após a proclamação da nossa Carta dos Direitos Fundamentais, espero que possamos atualizá-la para ser mais explícito sobre a proteção do meio ambiente ou o reconhecimento do direito ao aborto”, propôs Macron, em discurso aos eurodeputados.
O mandatário apresentou desta forma as prioridades da presidência francesa do Conselho da União Europeia para os próximos seis meses.
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Macron apelou para que este debate fosse aberto “livremente com os nossos cidadãos de grande consciência europeia para dar um novo impulso ao nosso Estado de direito”.
A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, que inclui os direitos civis, políticos, econômicos e sociais dos europeus foi proclamado em 2000.
Ela exige a reforma da unanimidade de todos os Estados-Membros, pelo que a mensagem de Macron tem mais simbolismo político do que prático.
Com informações da EFE