14/08/2021 17:08

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Um fato levou Jair Bolsonaro a escalar a reação contra dois ministros do STF neste sábado (14): a divulgação de que houve um encontro do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Roberto Barroso, na casa do magistrado. 

Segundo publicou o jornal O Estado de S.Paulo, Barroso convidou Mourão para o encontro na última terça-feira (10), no mesmo dia em que pela manhã houve um desfile de veículos militares em frente ao Palácio do Planalto.

A reunião não estava na agenda oficial de Mourão nem tampouco do ministro Barroso.

Bolsonaro enxergou nesse encontro uma articulação de Mourão a favor do impeachment pois, se isso acontecer, Mourão assume o Planalto. 

O presidente se irritou com o episódio do encontro reservado do vice-presidente com o magistrado. 

Vários assessores palacianos entendem que Mourão estaria de fato articulando um impeachment

Em vídeo publicado no YouTube, o pastor Silas Malafaia fez duras críticas contra o STF

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O Palácio do Planalto também tem recebido sinais de que outras pessoas ligadas ao presidente estariam para ser presas, em ações semelhantes à que levou Jefferson para a cadeia. 

Entre elas, estariam o pastor Silas Malafaia e o filho 02 do presidente, Carlos Bolsonaro.


Ao decidir ir ao Senado pedir abertura de processo contra Barroso e Alexandre de Moraes, o Palácio do Planalto pretende no mínimo criar um impasse.

Há um consenso sobre o fato de que Bolsonaro não vai recuar. Tampouco há hipótese de haver relaxamento da prisão de Roberto Jefferson.

Dessa forma, cria-se um impasse. O presidente apresenta o pedido de abertura de processo (que pode até resultar em impeachment) de Roberto Barroso e de Alexandre de Moraes. 

O presidente do Senado recebe o documento e declara que vai pensar.

O ato seguinte nesse roteiro é Bolsonaro alegar na Justiça que deve ser decretada a suspeição e impedimento dos 2 magistrados em ações relacionadas a ele no campo eleitoral. 

O Supremo então será chamado a agir. Nessa altura, haverá certamente um aumento de manifestações de rua pelo país, a favor e contra o governo.

Caberia neste momento a Luiz Fux, presidente do STF, tentar atuar.

Ocorre que Fux é considerado dentro do próprio Supremo e no Congresso como um dos mais fracos chefes do Judiciário em muitos anos. 

Incapaz de articular, fia-se muito em suas decisões no bom relacionamento que mantém com a mídia, sobretudo o Grupo Globo.

Essa é uma conexão que ele alimenta e nutre com cuidado desde os tempos que foi juiz no Rio de Janeiro.

No STF, em vez de liderar, Fux é liderado.

Esse foi o caso do cancelamento de um encontro dos chefes dos Três Poderes, quando Fux leu um discurso a partir da cadeira de presidente do Supremo. 

Soube-se depois que Fux foi compelido pelos seus colegas de Corte a tomar aquela atitude.

Agora, dificilmente poderá retomar algum diálogo com Bolsonaro.

Com informações do Estadão/Poder360

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