Nessa quinta-feira (7), a senadora Rose de Freitas (MDB-ES) disse que foi vítima de uma fraude, pois, mesmo sem ter assinado, seu nome constava em uma lista para a abertura de uma CPI para apurar irregularidades no MEC.
Ela fez a denúncia em sessão no plenário e pediu que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tomasse as medidas cabíveis.
Imediatamente, ele determinou a apuração do caso.
“Não assinei a CPI e, no entanto, o meu nome constava no rol de assinaturas da CPI”, relatou a senadora Rose de Freita // Foto: Jefferson Rudy/Ag.Senado
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Rose de Freitas protestou dizendo que ninguém pode tomar posse de assinatura digital para colocar o nome de um senador para dizer que ele apoiou um requerimento ou uma CPI.
“Quem fez isso tem que ser expulso desta Casa, está se apropriando do meu crédito político-pessoal, da minha responsabilidade e da a minha autonomia e ela é intransferível.”
“Ninguém no meu gabinete tem autorização para assinar nada, nem parabéns”, protestou.
“Já havia até na mão de ministro que falou: ‘a senhora fez bem em assinar’. E outros diziam assim: ‘Olha, porque a senhora assinou?’. Não estou discutido aqui a decisão que eu possa vir tomar, mas eu não a tomei, eu não a tomei.”
A senadora continuou:
“Não assinei a CPI, se eu decidir apoiar, amanhã, vou assinar como sempre fiz, publicamente.
Mas não se arvore quem estiver atrás de uma mesa com pequena sinetinha lá pra dizer que, em meu nome, vai tomar uma decisão que só cabe a mim.”
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Depois da fala de Rose de Freitas, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido da “CPI do MEC”, indicando que a lista ainda estava em aberto, questionou Pacheco se existia algum pedido de instalação da comissão no momento.
“Não há absolutamente nenhum, senador”, disse o presidente do Senado.
Randolfe vem dizendo já estar iminência de conseguir o número mínimo de assinaturas, 27, para abrir a CPI.
Em reação à postura do senador da Rede, Rose de Freitas pediu a palavra e pontuou:
“Não entendi o espírito da pergunta, mas quero ficar no espírito da minha indignação.
Não importa se tem ou não tem, importa que tramitou pela Casa uma lista com o nome de alguém que não assinou”.
“Não achei graça, pelo contrário, continuo indignada”, finalizou.