Pequim tenta se estabelecer como mediador entre Kiev e Moscou; o conflito armado completou um ano em fevereiro
Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro em Moscou. Foto: Sergei KARPUKHIN/SPUTNIK/AFP
O presidente da China, Xi Jinping, abordou com o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, durante a visita de Estado a Moscou, o plano de paz que elaborou para encerrar a guerra na Ucrânia — uma iniciativa que consiste em doze pontos.
O documento, apresentado em 24 de fevereiro pela ocasião do primeiro aniversário do conflito que a Rússia iniciou na Ucrânia por ordem de Putin, traça a posição da China "para uma solução política para a crise na Ucrânia".
Os pilares da iniciativa chinesa são:
• o respeito pela "soberania de todos os países" e por "sua integridade territorial";
• o abandono da "mentalidade de guerra fria" e o respeito pelas "legítimas preocupações de segurança dos países", algo que Pequim tem reiterado desde o início da invasão, em referência à Rússia;
• um cessar-fogo e uma defesa da "contenção" para "evitar que a crise piore ainda mais ou até mesmo fique fora de controle";
• o reinício das conversas de paz, dado que "o diálogo e a negociação são a única forma viável de sair da crise";
• a resolução da crise humanitária, "protegendo eficazmente a segurança dos civis" e "estabelecendo corredores humanitários para a sua evacuação de zonas de guerra";
• o apoio à "troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia" e a cessação dos "ataques a instalações civis";
• a segurança das usinas nucleares e a cessação dos "ataques armados" a elas;
• a "redução dos riscos estratégicos", incluindo a ênfase de que "uma guerra nuclear não deve nem pode ser combatida";
• a garantia da exportação de cereais, na qual a ONU tem "um papel importante a desempenhar";
• a cessação das "sanções unilaterais", pois "não resolvem problemas e podem inclusive criar novos", segundo Pequim, que tem manifestado oposição às sanções contra Moscou desde o início da guerra;
• a proteção da estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento, incluindo um apelo para que todas as partes "se oponham à politização e à instrumentalização da economia global";
• o apoio à reconstrução do pós-guerra na Ucrânia; a China está pronta para "oferecer ajuda".
Com informações do Portal R7