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19/05/2023 16:28

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Presidente ucraniano quer encontro bilateral com o brasileiro para conversar sobre a guerra; integrante do governo disse que até o momento não há confirmação se a conversar vai ocorrer

Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil | EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

Na última semana, Zelensky recebeu em Kiev o assessor para assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim.

Durante o encontro, Amorim explicou ao líder ucraniano a proposta de criação de um grupo de países que possa negociar o acorde paz entre Rússia e Ucrânia.

Amorim relatou ter dito a Zelensky que os dois países devem levar em conta que é preciso fazer concessões para se chegar a um acordo.

Na visita, Zelensky reiterou o convite feito ao presidente Lula para que visite seu país — a primeira vez em que propôs a ida do chefe de Estado brasileiro a Kiev foi em 24 de fevereiro, quando o conflito completou um ano.

"Não será fácil chegar a uma confluência. Será necessário que os dois lados cheguem à conclusão de que o custo da guerra é maior do que o custo de certas concessões", disse Amorim à epoca.

Segundo o enviado do presidente, Zelensky "entendeu bem" ao ouvir que Lula quer trabalhar pela paz, juntamente com outros países que conversam com Ucrânia e Rússia.

O presidente tem tentado desde o início do seu terceiro mandato fazer avançar uma perspectiva que possibilite a abertura de diálogo para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de um ano.


No mês passado, no entanto, fez uma série de declarações polêmicas.

Durante uma agenda internacional na China e nos Emirados Árabes, o presidente disse que EUA e União Europeia deveriam começar a "falar de paz" e disse que os americanos parassem "de incentivar a guerra".

Lula ainda afirmou que Europa e Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra.

Após reações da Casa Branca e do bloco europeu, no entanto, o presidente recuou.

Durante um almoço com o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, no Itamaraty, reforçou a posição do governo brasileiro nas Nações Unidas, de condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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