02/08/2021 10:18

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O número de diagnósticos de crianças e adolescentes com miopia aumentou durante a crise sanitária, revela estudo inédito do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) obtido pelo jornal Estadão. 

No levantamento, 72% dos profissionais entrevistados relatam maior detecção do problema na faixa etária de zero a 19 anos. 

Para a maioria dos especialistas ouvidos, a principal razão do problema é a maior exposição dos jovens a telas de aparelhos eletrônicos no ensino remoto e em lazer, no confinamento. 

Isoladas em casa, as crianças têm aula pelo computador e, nas horas livres, assistem TV e jogam no tablet ou no celular. Assim, prejudicam a visão. 

O estudo do CBO reúne a percepção de oftalmologistas que trabalham com o público mais jovem – foram ouvidos, entre abril e junho, 295 profissionais em todo o País. 

Os médicos também relatam agravamento acelerado dos casos que já tinham esse problema de visão. 

Para 76% dos entrevistados, a principal causa do problema é a superexposição dos menores a televisão, smartphones, tablets e computadores. 

Praticamente todos os especialistas (99%) defendem a redução do chamado tempo de tela e o aumento das atividades ao ar livre.

No exterior, relatos dos consultórios também são confirmados por estudos científicos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 2,6 bilhões de pessoas em todo o mundo são míopes – 59 milhões delas vivem no Brasil.

A projeção é que até 2050 metade da população mundial seja afetada pelo problema em função do aumento da exposição às telas.

Mas este porcentual pode ser até maior, se incorporarmos alguns hábitos desenvolvidos na pandemia.

Com informações do Estadão Conteúdo

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