Saúde

Da redação
09:53
23/09/2021

Alemães não vacinados ficarão sem salário integral na quarentena em caso de contaminação

O salário dos trabalhadores alemães que não estão vacinados contra a Covid-19 deixará de ser pago caso durante o período de quarentena.

O anúncio foi feito nessa quarta-feira (22) pelo Ministério da Saúde da Alemanha e entrará em vigor no próximo 1° de novembro.

Jovem é vacinada em escola de Berlim (AP)

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A Alemanha está fechando o cerco aos cidadãos que não se vacinaram contra a Covid-19.

Em vez de impor a obrigatoriedade da imunização, o governo alemão preferiu mexer no bolso dos trabalhadores.

Daqui a algumas semanas, a quarentena em caso de contaminação não será mais indenizada.

Ou seja, quem não estiver imunizado ficará sem parte do salário durante o período de isolamento.

 Ministro da Saúde, Jens Spahn

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Em uma coletiva de imprensa, o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, justificou a decisão, negociada e aprovada em todas as regiões do país.

"Dizem que se trata de uma pressão sobre os não vacinados, mas acredito que é preciso ver as coisas de um outro ângulo. É uma questão de igualdade", afirmou. 

Atualmente, todos os cidadãos colocados sob isolamento, em caso de contaminação pela Covid-19, continuam recebendo seus salários normalmente.

Mas, a partir de 1° de novembro, a regra vai mudar.

"Aqueles que se protegem e protegem os outros se vacinando se perguntam porque devem pagar por alguém que saiu de férias em uma zona de risco e, não estando vacinado, teve que ser colocado em quarentena", ressaltou o ministro. 

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A entrada em vigor do desconto dos salários dos trabalhadores não imunizados pode causar polêmica na Alemanha, que foi palco de várias manifestações antivacinas neste ano.

Uma pesquisa publicada na última segunda-feira (20) mostrou que 48% dos entrevistados apóia a decisão do governo, mas 43% é contra. 

Mais de 52 milhões de alemães (63,4% da população) receberam duas doses da vacina anticovid no país.

No entanto, o ritmo da imunização vem caindo nas últimas semanas e o governo tem dificuldades para convencer a parcela da população ainda reticente à vacinação. 

Com informações da AFP

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