Saúde

Edição: Hugo Julião
20:31
20/02/2022

Atendimento a pessoas com transtornos mentais no SUS aumenta 11% em 2021

O dado é referente aos atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas.

No ano passado, segundo o Ministério da Saúde, a rede pública realizou 400,3 mil atendimentos em virtude de transtornos causados pelo consumo de substâncias químicas.

Em 2020, foram registrados 356 mil atendimentos.

Do total de atendimentos realizados em 2021, 159,6 mil estão relacionados ao uso abusivo do álcool.

Em seguida, vêm os transtornos mentais e comportamentais causados pelo uso de cocaína (31,9 mil) e fumo (18,8 mil).

Opiáceos, canabinoides, sedativos, hipnóticos, alucinógenos, solventes voláteis e estimulantes (incluindo a cafeína) também fazem parte do levantamento, com números menores de registros.

Por fim, o uso de múltiplas drogas e de outras substâncias psicoativas não listadas individualmente somam 151,3 mil atendimentos.


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Pacientes do sexo masculino são a maioria dos usuários atendidos pelo SUS, em qualquer dos casos.

Já em relação à faixa etária, a maior parcela tem entre 25 e 29 anos (303,7 mil registros), seguidos da faixa de 10 a 24 anos (49,4 mil) e daqueles com 60 ou mais (38,4 mil).

Os números foram divulgados nesse domingo (20), Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, como uma forma de alerta para o que o ministério, em nota, classificou como “um problema global”.

Ilustração: Reprodução/Internet

O aumento pode ser um indicativo de que, após evitarem ir a estabelecimentos de saúde no ano de 2020, devido ao novo coronavírus, mais pessoas voltaram a buscar atendimento médico em 2021.

Importante lembrar que esses números não são suficientes para retratar o problema da dependência química no país, tendo em vista que estamos falando especificamente da quantidade de atendimentos e não do total de pessoas dependentes”, explica, na nota, o coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do ministério Rafael Bernardon.

“Além disso, muitas pessoas com transtornos decorrentes do uso dessas substâncias não procuram os serviços de saúde por fatores diversos, como o estigma e a falta de informação”, pontua.

Com informações do Ministério da Saúde

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