Foi o que revelou um novo estudo divulgado na quarta-feira (19) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
O documento reconhece que, durante a onda da variante Delta no país, pessoas não vacinadas, mas que sobreviveram à covid-19, estavam mais protegidas do que aquelas que foram vacinadas e não se infectaram anteriormente.
Os resultados obtidos pelo CDC mostram que a infecção prévia pelo coronavírus e a imunidade obtida pelas vacinas atuam em sintonia e contribuem para a imunidade de rebanho.
A imunidade de rebanho é quando o número de pessoas resistentes ao vírus atinge uma fração da população suficientemente alta para que o vírus não encontre outras suscetíveis à infecção // Foto: Reprodução/CDC.gov
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Para o estudo foram compilados dados de infecção, hospitalização, testagem e imunização de maio a novembro de 2021 nos estados norte-americanos de Nova Iorque e Califórnia, que representam quase 20% da população do país.
A amostra populacional selecionada, pessoas acima de 18 anos, foi dividida em quatro grupos:
Sem Proteção – Não-vacinados e ainda não-infectados;
Com Proteção Vacinal – Vacinados em duas doses e ainda não-infectados;
Com Imunidade Natural – Não-vacinados e já infectados;
Com Dupla Infecção – Vacinados e já infectados.
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Em comparação com os “Sem Proteção”, o grupo “Com Proteção Vacinal” teve um risco 20 vezes menor de se infectar com covid, demonstrando a proteção proporcionada pela vacina.
Entre os “Com Imunidade Natural” o risco foi de sete a dez vezes menor e foi de oito a dez vezes menor no grupo “Com Dupla Infecção”.
Um detalhe: esses resultados se referem ao início de maio, antes de a variante Delta ser dominante.
Com o avanço da variante Delta nos EUA no ano passado, o estudo capturou um outro recorte a partir do início de outubro.
Em comparação com os “Sem Proteção”, a proteção vacinal diminuiu o risco de covid de quatro a seis vezes, a imunidade natural em 15 a 30 vezes, e a dupla proteção em 32 a 20 vezes.
No entanto, os autores do artigo destacaram que as pessoas não devem depender da infecção como estratégia, devido ao maior risco para não vacinados de hospitalização, impactos de longo prazo e morte, em comparação com os vacinados.
“Mais estudos são necessários para estabelecer a duração da proteção a partir de infecções anteriores por tipo de variante, gravidade e sintomatologia, inclusive para a variante Ômicron”, concluiu o artigo.
Com informações da agência internacional de notícias AFP