10/01/2022 05:47

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O decreto da obrigatoriedade da vacina contra a Covid para trabalhadores do sistema público de saúde do Reino Unido, o NHS, acendeu alerta vermelho em vários gestores.

Com hospitais saturados devido à alta de infecções, eles temem perder parte considerável da mão de obra com funcionários que não aceitam receber o imunizante.

O tamanho do problema fica mais claro à medida que se aproxima a data em que a norma entra em vigor - 1º de abril.

Hospital King's College, em Londres / Flickr

Somente o hospital King's College, em Londres, por exemplo, pode perder 1.000 funcionários que não se vacinaram nem pretendem se vacinar.

A afirmação é do professor Clive Kay, chefe do hospital, em entrevista, ontem (9), ao programa Sunday Morning, da rede britânica BBC.

Dos 14 mil trabalhadores do local, 10% ainda não completaram o esquema vacinal.

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A obrigatoriedade da vacinação para os trabalhadores da saúde foi anunciada pelo governo do premiê Boris Johnson em dezembro.

A norma também recebeu luz verde do Parlamento britânico ainda naquele mês, por 385 votos favoráveis a 100 contrários.

Mas, na sequência, logo começou a ser questionada por sindicatos da área, que alegavam medo do êxodo profissional que isso poderia provocar.


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Projeta-se que 90% dos funcionários do sistema público de saúde (NHS) tenham recebido as duas doses da vacina, mas um contingente considerável de 103 mil trabalhadores, não.

Há hospitais em que somente 80% do pessoal completou o esquema de vacinação, diz o governo.

A situação virou ponto crítico devido ao efeito cascata observado: com a alta de casos, cada vez mais funcionários ficam doentes e são afastados do trabalho, o que sobrecarrega ainda mais os hospitais.


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O Reino Unido é um dos países mais afetados pela ômicron. 

A média móvel de infecções neste sábado (8) foi de 176 mil --o recorde fora registrado dias antes, na quarta-feira (5), com 182 mil.

O Reino Unido ultrapassou a marca de 150 mil mortos em decorrência da Covid no sábado, tornando-se o sétimo país nas estatísticas, depois de EUA, Brasil, Índia, Rússia, México e Peru.

Com informações da Folhapress

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