Tema Livre

Da redação
08:33
25/08/2021

Área preservada no Brasil equivale a 15 países da União Europeia

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26) será realizada em novembro, em Glasgow, na Escócia.

Nesta semana, há poucos meses dessa conferência, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado promoveu um debate com o tema “Agronegócio sustentável: a imagem real do Brasil”.

Evaristo de Miranda. Chefe-Geral da Embrapa

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No encontro, encerrado ontem (24), o pesquisador chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade Territorial, Evaristo de Miranda, destacou que a “área protegida hoje, que você não pode entrar, não pode instalar uma usina de cana-de-açúcar, etc., corresponde a 15 países da União Europeia”.

O pesquisador também lembrou que não é fácil cuidar de um território como o brasileiro, mas pelo trabalho desenvolvido internamente “é algo profundamente injusto, é um mito, uma mentira”, massacrar o país dizendo que não protege seu território.

Fonte: UNEP-WCMC (2020). The World Database of Protected Areas, Fevereiro 2021.
Disponível em www.protectedplanet.net

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.O ciclo de palestras também contou com a participação de Celso Moretti, presidente nacional da Embrapa, que destacou a evolução da produção agropecuária brasileira nas últimas cinco décadas.

Nesse período, o país deixou o quadro de insegurança alimentar — quando as pessoas não têm acesso regular à alimentação — e o papel de importador para tornar-se um dos principais exportadores de alimentos do mundo.

O presidente da Embrapa, Celso Moretti (© Divulgação/Jorge Duarte/Embrapa)

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Nós transformamos os solos ácidos e pobres, principalmente dos cerrados, em terra fértil”, lembrou Moretti.

Essa evolução foi acompanhada de pesquisas sobre os Sistemas Integrados de Lavoura-Pecuária-Floresta, que “hoje são uma grande solução não só para melhorar a renda do produtor, mas também possibilitar o sequestro de carbono (processo de retirada de gás carbônico da atmosfera)”.

Ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França

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O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, participou dos debates na segunda-feira (23).

Em sua intervenção, ele disse que a imprensa e a opinião pública colocam uma “responsabilização desproporcional” na agropecuária mundial e acusam o setor de ser o principal emissor de gases do efeito estufa.

O chanceler também lembrou que, em muitos casos, questionamentos sobre a responsabilidade da pecuária, por exemplo, tomam por base artigos de opinião ou estudos realizados em regiões específicas, e não registram contextos ecológicos locais na sustentabilidade da produção. 

O Itamaraty segue empenhado para embasar o atendimento dos interesses nacionais, para que nossos esforços sejam reconhecidos”, declarou.

 

Com informações da revista Oeste

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