O Ilê Aiyê, bloco afro mais antigo do Brasil, vai apresentar espetáculo comemorativo aos seus 47 anos de música e luta por igualdade racial.
O show será no TTB, às 20h, e integra o projeto de circulação “Ilê Aiyê: Que Bloco é Esse?”, que irá percorrer seis capitais brasileiras, incluindo ação formativa com jovens da cidade.
Os ingressos têm preços populares e estão à venda no Guichê Web.
Fotos: André Frutuoso
O projeto “Ilê Aiyê – Que Bloco é Esse?” é uma realização do Ilê Aiyê em parceria com a Caderno2 Produções e Multi Planejamento Cultural.
O projeto é via Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal, com patrocínio da Petrobras.
Quando a performance poderosa do Ilê Aiyê ganhar o palco do TTB, o público vai poder conferir a força musical e a explosão estética de um bloco que revolucionou a luta antirracista na Bahia, no Brasil e no mundo.
No ritmo de surdos e repiques, nos passos da dança afro e no figurino vibrante nas cores vermelho, amarelo e branco, um espetáculo rítmico-musical e visual acontece, mostrando toda a potência da cultura afro-brasileira.
Também conhecido como O Mais Belos dos Belos, o Ilê Aiyê tem na África a sua grande fonte de inspiração.
Não à toa, o continente africano é o tema do primeiro bloco de músicas do espetáculo, com canções que homenageiam países como Angola, Guiné e Costa do Marfim.
Ao todo, são quatro blocos musicais intercalados por grandes clássicos adorados pelo público, como “Pérola Negra”, “Negrume da Noite” e “O Mais Belo dos Belos”.
“Será um show festivo que faz alusão ao trabalho de 47 anos do bloco, tempo em que o Ilê vem difundindo amplamente a sua mensagem de resistência e valorização da cultura negra por onde passa”, comenta o produtor artístico Sandro Teles.
Além da homenagem à Africa, o show também dedica um bloco musical às mulheres negras, com destaque para a performance da Deusa do Ébano, e à Mãe Hilda Jitolu, a grande matriarca da entidade.
“Já o último bloco é dedicado às grandes canções que fazem a história do Ilê Aiyê. A ideia é finalizar com uma grande celebração”, acrescenta Sandro.
A expectativa é grande e das melhores para essa turnê.
"Nessa pandemia, as pessoas estão com muita saudade de ver o Ilê Aiyê, e os músicos e cantores estão ansiosos para poder voltar a trabalhar e se apresentar.
Vai ser importante mostrar mais uma vez ao Brasil a força da música afro baiana.
A última vez que fizemos uma turnê pelo país foi em 2001, que também teve o apoio da Petrobras.
Agora vamos colocar o pé na estrada de novo, e isso nos traz grande alegria”, comenta o presidente do Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô.
Além de Aracaju, a circulação inclui shows em Recife, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Em cada cidade, está prevista uma ação de formação de plateia, a partir da interação dos músicos da banda com uma instituição convidada que trabalhe com a socialização e formação de jovens através da arte.
Em Aracaju, a ação irá envolver participantes do grupo de artes cênicas Imbuaça e o grupo Um Quê de Negritude.
Esse grupo, formado por alunos do Colégio Estadual Atheneu, fará uma visita ao Teatro Tobias Barreto para acompanhar a passagem de som da banda, participando, em seguida, de um diálogo sobre empoderamento negro com os integrantes do Ilê Aiyê.
Serviço:
“Ilê Aiyê: Que Bloco é Esse?”
Local: Teatro Tobias Barreto (Av. Pres. Tancredo Neves, 2209 - Inácio Barbosa)
Data: 3 de abril de 2022 (domingo)
Horário: 20h
Ingressos: A partir de R$ 25
Vendas: Guichê Web