A CBFterá de explicar ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) o motivo para a seleção brasileira não utilizar o número 24 em seu uniforme.
O Brasil é o único dos participantes da Copa América que não usa o número.
Ontem, quarta-feira (30), o juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível, concedeu liminar determinando que a entidade se manifeste sobre o caso em até 48 horas.
Se o não o fizer, a entidade terá que arcar com uma multa diária de R$ 800 reais, válida por um mês.
A ação foi movida pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, associação sem fins lucrativos.
“A luta da comunidade LGBTQIA+ pelo fim da discriminação contra seus membros, com o reconhecimento do seu direito a uma convivência plena na sociedade, é amplamente conhecida, tendo suas causas e seu desenvolvimento sido sobejamente detalhados na narrativa dos fatos na inicial desta ação.
Da mesma forma, tem se mostrado cada vez com maior clareza o importante papel que a adoção de medidas afirmativas no âmbito das práticas esportivas exercem para o incremento dessa luta, com ênfase para aqueles esportes tradicionalmente considerados no universo masculino”, diz um trecho da decisão de Cyfer.
A CBF terá que responder à Justiça as seguintes perguntas:
1- A não inclusão do número 24 no uniforme oficial nas competições constitui uma política deliberada da interpelada?
2- Em caso negativo, qual o motivo da não inclusão do número 24 no uniforme oficial da interpelada?
3- Qual o departamento dentro da interpelada,que é responsável pela deliberação dos números no uniforme oficial da seleção?
4- Quais as pessoas e funcionários da interpelada, que integram este departamento que delibera sobre a definição de números no uniforme oficial?
5- Existe alguma orientação da Fifa ou da Conmebol sobre o registro de jogadores com o número 24 na camisa?